Preço dos remédios sobem quase 50% em 1 ano, diz pesquisa
Segundo o instituto, os aumentos foram praticados no intervalo entre o aumento concedido pelo governo em 2006 e o novo aumento que acaba de ser anunciado para 31 de março de 2007, de até 3%.
A pesquisa avaliou os preços após o aumento autorizado pelo governo em março de 2006. Nesse período, o governo autorizou três faixas de aumentos (até 5,51%, 4,51% e 3,64%). As faixas foram definidas, naquela ocasião, segundo o nível de competição nos mercados a partir do grau de participação dos genéricos nas vendas. Agora, o governo anunciou novo aumento que irá vigorar a partir de 31 de março. O reajuste também será dividido em três categorias, que variam de acordo com a participação dos medicamentos genéricos. Os aumentos serão de 3,02%, 2,01% e 1%.
O grupo de remédios em que os genéricos têm participação de mercado de mais de 20% sofrerá o reajuste máximo, de 3,02%. Aquele em que a participação está entre 15% e 20%, o aumento será de 2,01%. Para o grupo de medicamentos que tem uma participação de genéricos abaixo de 15%, o reajuste será de 1%.
A pesquisa do Idum constatou aumentos de 49,44% nos medicamentos para tratamento do Transtorno Obsessivo Compulsivo do laboratório Medley, que em abril de 2006 custava R$ 55 e passou a custar R$ 82,19, em abril deste ano.
O antibacteriano Azitromicil, do laboratório Greenpharma, custava R$ 13,85 em abril de 2006 e passou a R$ 19,43 este ano, aumento de 40,29%. O antiinflamatório Flanax, do laboratório Bayer, utilizado para tratamento da asma, foi reajustado em 11% e o antiparasitário Mebendazol, do laboratório Medley, foi reajustado em 11,03%.
De acordo com o coordenador do Idum, farmacêutico Antonio Barbosa, os aumentos além de burlarem as regras impostas pelo governo, chegam em um momento em que deveria haver reduções nos preços. "Houve queda no valor do dólar, a matéria-prima está mais barata no mercado internacional e a indústria já praticou reajustes acima da inflação em vários itens. Portanto, a hora é de reduzir preços", defende Barbosa.
A pesquisa constatou também aumentos muito acima da inflação nos remédios que não são controlados pelo governo e muito consumidos no País. Entre eles estão o analgésico Dórico - Laboratório Sanofi-Aventis (50,09%), Aspirina - Laboratório Bayer (12,40%), Melhoral - Laboratório DM (10,01%), Neosaldina - Laboratório Altana Pharma ( 8,13%).
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