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Nacional
Terça - 13 de Março de 2007 às 13:12

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que é possível um crescimento de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano. Isto porque, segundo ele, a economia brasileira já está crescendo em 2007 em um patamar de 4%.

A média de 4,5% está prevista no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), cujas diretrizes estão em debate hoje no plenário do Senado. O ministro disse que depois de quatro anos do PAC, o Brasil terá condições econômicas muito mais favoráveis, com inflação e juros em queda e déficit nominal das contas públicas em zero.

Ele reiterou que "na pior das hipóteses", o governo fará este ano um superávit primário (economia das contas públicas para pagar juros) de 3,75% do PIB. Isto porque o PAC prevê um programa piloto de investimento de 0,50% do PIB, que pode ser abatido da meta de 4,5%.

Juros

Mantega classificou de "modesta" a trajetória de juros prevista no PAC. No programa, o governo prevê uma taxa média da Selic de 12,2% este ano, 11,4% em 2008; 10,5% em 2009 e 10% em 2010. Essa taxa média, segundo o ministro, foi incluída no PAC com base nas projeções do mercado financeiro, coletadas pela pesquisa Focus do Banco Central, na época da divulgação do programa.

Mantega acrescentou que as projeções do Focus, feitas pelos analistas financeiros são sempre conservadoras. Segundo ele, essas projeções são certamente mais conservadoras do que as dele. Mas reiterou que como ministro da Fazenda não pode comentá-las publicamente.

Crédito

O ministro da Fazenda disse hoje, na audiência no plenário do Senado, que o volume de crédito ofertado pelo mercado deverá chegar aos R$ 200 bilhões neste ano. Em todo o ano passado, o volume de crédito foi de cerca de R$ 125 bilhões.

Nos dois primeiros meses de 2007, o crédito obtido junto ao mercado de capitais, segundo Mantega, foi aproximadamente R$ 33 bilhões. Durante sua exposição o ministro também destacou que os empréstimos concedidos pelo sistema financeiro tiveram um crescimento de mais de 60%, no período de dezembro de 2002 e janeiro deste ano. Com isso, o volume de crédito ofertado pelos bancos passou de 24,2% para 34,3% do PIB.

Segundo Mantega, se for contabilizado o crédito mercantil (empréstimo entre empresas), o volume de créditos em relação ao PIB já estaria em cerca de 50%. Mesmo assim, o ministro ressaltou que considera que a oferta de crédito no Brasil ainda é "razoável".

O ministro lembrou que o PAC envolve a possibilidade de elevação do capital da Caixa Econômica Federal com o intuito de viabilizar os financiamentos a Estados e municípios para os setores de habitação e saneamento. Ele também destacou a ampliação do fundo de infra-estrutura com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Mantega lembrou que a remuneração mínima desses fundos será garantida pela Caixa Econômica Federal.

Reforma tributária

Mantega sugeriu aos senadores que seja promovido um debate público sobre propostas de reforma tributária. Ele esclareceu que, no debate por ele proposto, o governo discutiria com os senadores a proposta que foi apresentada na reunião dos governadores com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada.

O ministro da Fazenda reiterou sua avaliação de que o sistema tributário brasileiro não ajuda a produção e o investimento no País e pode ser aperfeiçoado e simplificado com a reforma tributária.





Fonte: AE

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