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Terça - 13 de Março de 2007 às 07:31
Por: Marcio Mendes

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O fechamento do garimpo no município de Alto Paraguai determinado por vários autos de notificação e infração emitidos pelo Departamento Nacional de Proteção Mineral (DNPM) levou centenas de garimpeiros e “minhoqueiros” para a praça central da cidade em um ato de protesto, nesta segunda-feira. O movimento que teve inicio pela manhã, contou com apoio de políticos locais, comerciantes, funcionários públicos e estudantes que concentraram na Praça João Thomas para ouvir as principais lideranças dos garimpeiros sobre a situação que poderá ficar o município caso concretize o fechamento.

Alto Paraguai nasceu e vive exclusivamente da extração mineral (garimpo) - e que hoje vive a decadência. A sobrevivência do município esta toda baseada no garimpo e na minhocultura. O fechamento do garimpo estava previsto desde a criação da Área de Proteção Ambiental. Na época houve vários protestos e ações conseguiram um prazo de nove meses para a regularização da atividade garimpeira o que até a data presente não foi possível por entraves burocráticos.

Atualmente cerca de 1/3 dos moradores da cidade estão envolvidos com a atividade e 100 famílias já vivem da captura de iscas vivas para pesca e que, no ano passado, várias famílias se uniram e resolveram criar uma associação. Para um dos lideres do movimento Francisco Carlos (Piota) a hora é de organizar e mostrar aos órgãos competentes que não se trata apenas do fechamento do garimpo mais sim de estar jogando centenas de famílias a marginalidade e ao abandono, onde não existe no município outra fonte de renda.

No protesto, após as falas dos lideres do movimento, foi instaurado uma comissão que elaborarão documentos a serem enviados para as principais entidades envolvidas com a determinação do fechamento, onde estão solicitando novo prazo para a regularização do trabalho no município. A comissão enviará documentos ao DNPM, Metamat e Secretaria de Meio Ambiente Informando a situação que se encontra os garimpos e as dificuldades encontradas para a regularização dos garimpos e a própria organização dos garimpeiros que terão que constitui em uma cooperativa para a continuidade da extração mineral no município.

O prefeito Umbelino Alves Campos (Bilú) solicitou para que todos, independente da cor partidária esteja unidos para reverter a situação e legalizar a atividade garimpeira” não é uma culpa do prefeito mais sim de todos nós” - disse o prefeito conclamando e colocando a disposição do movimento a estrutura do município para buscarem uma solução.





Fonte: O Divisor

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