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Internacional
Segunda - 12 de Março de 2007 às 07:16

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Um homem suíço de 57 anos se declarou culpado de acusações de insultar o rei da Tailândia em um tribunal na cidade de Chian Mai, no norte do país. Oliver Jufer foi preso em dezembro depois de ter pichado vários retratos do rei Bhumibol Adulyadej, que está no trono há 60 anos.

No tribunal, Jufer se disse culpado de cinco acusações, todas decorrentes da draconiana lei local, que define como crime qualquer insulto ao rei. O veredicto deve sair ainda neste mês. A sentença máxima que o suíço pode receber é de 75 anos de prisão.

Segundo o advogado de Oliver Jufer, a sentença mínima seria de sete anos e meio de prisão.

Leis draconianas

O caso é uma rara ocasião em que as atenções se voltam para as rígidas leis de lesa-majestade na Tailândia, que proíbem qualquer crítica à monarquia.

Durante a sessão no tribunal, o promotor tentou fazer com que a mídia deixasse o local, dizendo que o caso havia sido adiado. "Nós não queremos que o povo tailandês saiba desse caso", disse.

A imagem da monarquia é cuidadosamente administrada, com a mídia local podendo apenas elogiar o rei. A reverência popular a Adulyadej é genuína, mas as leis draconianas impedem que a maioria dos tailandeses possa até mesmo discutir a monarquia.

O próprio rei parecia questionar essa situação em um discurso recente, em que disse que é errado colocá-lo acima de críticas. "Eu não tenho medo se a crítica é relacionada ao que faço de errado, porque aí saberei (meus erros)", disse.

"Se você diz que o rei não pode ser criticado, isso significa que o rei não é humano." Mas, sem qualquer debate público, não parece haver possibilidade de mudar a lei, que permite que qualquer cidadão tailandês leve críticos do rei à Justiça.

Uma série de outros estrangeiros já enfrentou acusações similares no passado, mas a maioria acabou eventualmente podendo deixar o país.





Fonte: BBC Brasil

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