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Polícia Brasil
Domingo - 11 de Março de 2007 às 22:59

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A Polícia Rodoviária foi mobilizada e fechou todas as saídas de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, com barreiras para tentar recapturar os presos que fugiram no sábado da Polinter. Trinta e oito presos conseguiram escapar das celas da delegacia ontem e até agora apenas seis foram recapturados.

Blitze e buscas continuam sendo realizados em bairros da região onde houve a fuga. Pelo menos 250 homens participam diretamente das buscas.

Segundo o secretário estadual de Segurança Pública, Wantuir Jacini, a intenção é evitar que os fugitivos consigam deixar Campo Grande em direção ao interior ou mesmo ao Paraguai e Bolívia, países que fazem fronteira com Mato Grosso do Sul. As autoridades também enviaram informações sobre os fugitivos para as polícias de outros Estados.

Além de recapturar os presos, outra prioridade da polícia é recuperar as seis armas roubadas ontem pelos presos: duas submetralhadora URU 9 mm , duas carabinas calibre 38, dois revólveres, e duas escopetas calibre 12.

Por volta do meio-dia de hoje dois fugitivos se apresentaram a delegacias da Polícia Civil de Campo Grande acompanhados de advogados. Seus nomes ainda não foram divulgados pelas autoridades. Com isso, sobe para 6 o número de recapturados ¿ ontem a polícia já havia detido quatro fugitivos: Alex Aparecido Fagundes Lourenço, Flávio da Silva Nunes, Mário Lima Barbosa e Marcos de Oliveira Silva.

A fuga da Polinter foi a maior já vista no Estado e evidenciou a fragilidade do sistema penitenciário. A delegacia tem apenas quatro celas com capacidade para 16 presos, mas abrigava ontem, no momento da fuga, 88. A maioria por envolvimento com o tráfico de drogas.

A maior parte dos fugitivos chegou à Polinter por causa da reforma de um dos pavilhões do Estabelecimento Penitenciário de Segurança Máxima de Campo Grande, que foi parcialmente destruída na onda de rebeliões organizadas pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no ano passado.

Hoje Jacini reconheceu que o quadro é caótico no sistema penitenciário. A população carcerária do Estado, de 11 mil pessoas, contrasta com a capacidade máxima dos presídios e cadeias, que é de 4 mil.





Fonte: Terra

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