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Nacional
Domingo - 11 de Março de 2007 às 18:41

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Rio de Janeiro - O fim do monopólio de resseguro e a possível retirada dos sócios privados do capital do IRB-Brasil Resseguros, poderão levar o governo federal a se associar a outra companhia, inclusive estrangeira, para que a empresa não perca competitividade. A avaliação é do gerente de Estratégia do IRB-Brasil Re, Sebastião Pena. O capital do IRB-Brasil Re é dividido meio a meio entre a União e seguradoras nacionais.

A Lei Complementar 126, de janeiro de 2007, que extinguiu o monopólio do IRB, prevê que os sócios privados poderão vender à própria empresa suas ações. Os recursos obtidos, entretanto, deverão ser necessariamente investidos na criação de resseguradoras locais. "O IRB ficaria com metade do seu capital. Ficaria vulnerável perante essa concorrência”, constatou Pena. Ele disse que o governo ainda não decidiu o que vai fazer dentro da hipótese de retirada total do capital privado do IRB. O gerente indicou, porém, que para continuar tendo capital correspondente ao risco que assume, inclusive de mercados estrangeiros, o IRB poderá recorrer a parcerias estratégicas, participando em conjunto de carteiras de outros países, indicou Sebastião Pena.

"A expectativa do corpo técnico do IRB é que, em se configurando uma situação dessa natureza, o governo, como acionista único, vai ter que procurar um novo parceiro para ter uma gestão profissional e não meramente estatal”, declarou. Pena acrescentou que atualmente há muitos resseguradores que dão suporte ao IRB nos contratos e vários deles já demonstraram interesse em uma possível parceria.

Há cerca de dez anos o IRB-Brasil Re vem se preparando para a abertura do mercado. Pena lembrou que até 2000 o modelo cogitado previa que a abertura estava condicionada à privatização da empresa. De 2003 para cá, o projeto foi reformatado e a lei construída preservou a manutenção do IRB como um ressegurador nacional, sem a condicionante de privatização.

"Em função disso, a gente vem redirecionando o planejamento estratégico da empresa para colocar o modelo de gestão dentro dos padrões novos que estão sendo exigidos por todo o mercado de resseguros mundial, respeitando as regras de governança corporativa, gestão colegiada, com os procedimentos de alocação de capital coerentes com as capacidades de retenção dos prêmios (a soma em dinheiro, paga pelo segurado ao segurador, para que este assuma a responsabilidade de um determinado risco). Então, a gente vem trabalhando com um modelo de gestão dentro de uma realidade de mercado aberto”, disse Pena.





Fonte: Agência Brasil

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