Tribunal confirma reeleição de Wade no Senegal
No último dia 1º, a Comissão Nacional Eleitoral declarou Wade reeleito com 55,9% dos votos, o suficiente para evitar um segundo turno, mas o candidato do Partido Socialista, Ousmane Tanor Dieng, e da Liga Democrática, Abdoulaye Bathily, contestaram os resultados e o Tribunal Constitucional teve que examinar os recursos.
Dieng, o terceiro candidato mais votado, com 13,5% dos votos, e Bathily, que terminou em sexto lugar - com 2,21% -, foram os únicos dos 15 aspirantes à Presidência que recorreram à máxima instância judicial senegalesa.
Tanto Bathily como Dieng sustentam que na eleição houve uma "farsa" montada pelo Partido Democrático Senegalês e pelo Ministério do Interior para tornar realidade o desejo de Wade de ser reeleito no primeiro turno.
Este é o segundo e último mandato de Wade, que foi eleito pela primeira vez, por sete anos, em março de 2000, pondo fim a quatro décadas de monopólio do poder do Partido Socialista.
Em 2001, uma reforma constitucional reduziu para cinco anos o mandato presidencial, com a possibilidade de apenas uma reeleição.
O candidato do partido Rewmi (O País), Idrissa Seck, foi o segundo mais votado com 14,9% dos votos, enquanto o da Aliança das Forças de Progresso, Moustapha Niasse, ficou com 5,8%, Robert Sagna 2,5% e Landing Savane 2,07%.
O resto dos candidatos não chegou a 1% dos votos.
Dos 4,9 milhões de senegaleses registrados no censo eleitoral, 70,6% participaram das eleições que, segundo os observadores, transcorreram com normalidade.
Cerca de 2.450 observadores nacionais e internacionais que supervisionaram a votação e a apuração declararam que elas foram "transparentes e livres".
Os eleitores senegaleses voltarão às urnas no dia 3 de junho para renovar as 150 cadeiras da Assembléia Nacional.
Comentários