Presas terão cursos profissionalizantes do governo
O projeto levará para dentro das penitenciárias cursos de manicure, pedicure e costura. Também dará orientação às detentas sobre o mercado de trabalho, empreendedorismo, saúde preventiva e saúde da mulher.
Segundo o diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça, Mauricio Kuehne, o projeto vai elevar a escolaridade das detentas e qualificá-las para que tenham uma profissão e montem seu próprio negócio.
Este ano, o Ministério da Justiça investirá R$ 1 milhão no projeto "Marias-Marias". Nesta primeira etapa, a meta é beneficiar detentas de oito presídios femininos do País - existem 15 exclusivamente femininos em funcionamento.
"Esperamos que as mulheres possam sair das prisões habilitadas, como manicures, cabeleireiras, costureiras, enfim, diferentes profissões. E que o Sistema S, com relação a esses aspectos, possa formar profissionais que saiam e sejam aptas a ingressar no mercado, ainda que informal, mas com uma formação profissional que as habilite a sua auto-sustentação", explica Kuehne.
Com capacidade para abrigar 200 mulheres, a Penitenciária Estadual Feminina, na cidade de Cariacica, no Espírito Santo, é a primeira do País a receber o projeto. Débora Mota Rocha, de 24 anos, cumpre pena em regime semi-aberto e teve a oportunidade de concluir o ensino fundamental no presídio.
Agora, com a implantação do projeto, Débora espera aprender uma profissão e ter um emprego depois de sair da Penitenciária.
"Com uma profissão, a gente poder sair daqui diferente e transformada. Espero que a sociedade possa aceitar a gente melhor e dêuma segunda chance, deixando o preconceito de lado. Por que, realmente, quando as pessoas querem mudar, elas mudam", desabafa.
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