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Economia
Domingo - 11 de Março de 2007 às 12:27
Por: Débora Siqueira

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Os financiamentos para habitação em Mato Grosso em 2006 somaram R$ 190,172 milhões, totalizando 5,945 mil contratos financiados com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), Programa de Arrendamento Residencial (PAR), cartas de crédito da Caixa Econômica Federal (CEF) e do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE). Os investimentos aliviaram apenas 5,5% do déficit de moradia de 108 mil casas no Estado. Outras 102,055 mil famílias mato-grossenses ainda aguardam realizar o sonho de ter a casa própria, sendo que 91,739 mil têm rendimento mensal de até R$ 1,750 mil e 10,316 mil famílias possuem ganho acima de cinco salários mínimos.

O déficit habitacional em Mato Grosso representa cerca de 1,4% da falta de habitação no Brasil, estimada em 7,9 milhões de residências, segundo estudo da Fundação João Pinheiro realizado no ano passado, a pedido do Ministério das Cidades.

As aplicações do SBPE, fonte pela qual os bancos são obrigados a destinar parte do dinheiro da caderneta de poupança em habitação, subiram 70,99% em 2006 em relação ao ano anterior, atingindo R$ 47,624 milhões liberados por dez instituições bancárias em Mato Grosso, sendo que a CEF sozinha respondeu por R$ 19 milhões do montante. Em 2005 o volume de recurso total do sistema foi de R$ 13,816 milhões.

A Caixa Econômica Federal é a única instituição do país autorizada a aplicar o dinheiro recolhido do FGTS em habitação. No Brasil foram investidos R$ 7,6 bilhões do fundo em 2006. Em Mato Grosso o montante foi de R$ 60,624 milhões e repartido em 2,846 mil contratos assinados por famílias com renda de até 5 salários mínimos.

Mas a maioria das aplicações em moradia em Mato Grosso ocorreu no Programa de Arrendamento Residencial (PAR). Cerca R$ 76,644 milhões resultaram na construção de 2,415 mil novas casas, nas quais os moradores contemplados têm renda mensal de R$ 700 a R$ 1,8 mil.

Dos 646 contratos gerados com os recursos do SBPE no ano passado no Estado, 603 são decorrentes das cartas de crédito da CEF, que totalizaram R$ 24,280 milhões. O dinheiro do banco estatal engloba R$ 19 milhões das aplicações obrigatórias da caderneta de poupança e investimentos próprios do banco. Apenas 83 contratos são oriundos de 9 bancos no Estado, os quais contrataram R$ 28,624 milhões dos financiamentos pelo SBPE.

Com prazo de até 20 anos, os contratos do SBPE e as cartas de crédito da CEF financiam até 80% de imóveis avaliados em até R$ 350 mil. De acordo com o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Mato Grosso (Creci), Carlos Alberto da Silva, os recursos são destinados para construção e aquisição de imóveis de alto padrão para a classe média. "As pessoas de baixa renda financiam a casa própria com recursos do FGTS".





Fonte: Gazeta Digital

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