Uruguai pede margem de manobra, mas não quer sair do Mercosul
"Apostamos num processo de integração aberta", disse o presidente uruguaio, em entrevista à imprensa ao lado do presidente americano, George W. Bush, no rancho presidencial de Anchorena, a 200 km de Montevidéu.
Depois de deixar claro que seu país não quer abandonar o Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela), Vázquez pediu que o bloco não adote "uma integração fechada", para que seus membros possam exercer seu direito soberano de participar de processos de integração com outros países ou blocos.
"Neste sentido estamos trabalhando e, neste sentido, tivemos esta reunião com o presidente Bush", indicou.
Pouco antes de suas declarações, o presidente venezuelano Hugo Chávez lançou um apelo para fortalecer o Mercosul.
"O Mercosul, ou o transformamos ou ele vai morrer como morreu a CAN (Comunidade Andina de Nações)", advertiu Chávez em entrevista a um canal de televisão da Argentina.
Em visita a Buenos Aires, em ação simultânea à visita de Bush à América Latina, o presidente venezuelano esclareceu que "os países maiores do Mercosul estão convidados a ouvir os menores, que têm dificuldades de desenvolvimento social".
O Uruguai reiterou sua vontade de continuar no Mercosul, mas ao mesmo tempo solicitou a flexibilização do bloco e maior liderança do Brasil na inserção do mesmo no resto do mundo.
O governo de esquerda uruguaio enfrenta fortes divergências internas no aprofundamento das relações comerciais com os Estados Unidos.
Em vez de um Tratado de Livre Comércio, o Uruguai e os Estados Unidos decidiram assinar em janeiro passado um Acordo Marco de Comércio e Investimentos (TIFA na sigla em inglês).
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