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Agronegócios
Sábado - 10 de Março de 2007 às 10:02

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A Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja) finalizou hoje, o planejamento do projeto benchmarking na sojicultura de Mato Grosso. Como explica o doutor em economia em sistema naturais, Airton Spies, benchmarking é um processo de identificação, entendimento e adaptação de práticas de organizações, empresas ou propriedades de qualquer lugar buscando melhoria de performance por meio de uma comparação externa.

“O produtor pode medir seu desempenho se comparando com aqueles que são consideradas as melhores. O projeto servirá como farol para que ele possa se orientar, acarretando em um nivelamento “por cima” dos produtores”, completa Spies. O interessado no projeto faz essa comparação a partir de indicadores ou referências, os benchmarks gerados pelas propriedades de destaque.

Baseado no princípio chinês de que é preciso conhecer o inimigo para superá-lo e conhecer a si próprio para aumentar o desempenho e corrigir fraquezas, o sistema já foi implementado há 23 anos em propriedades familiares de Santa Catarina pela empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri). “Muitos produtores mudaram até mesmo o sistema de produção tomando como referência os benchmarks apurados pela rede de propriedades monitoradas”, comemora Spies. Ele explica que o benchmarking pode ser utilizado em qualquer setor econômico, seja ele urbano ou rural.

Em Mato Grosso, o sistema de benchmarking será implantado pela Aprosoja em parceria com o Instituto de Desenvolvimento da Gestão Empresarial no Agronegócio (Igeagro) e AgRural. O instituto é ligado à Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo (Esalq/USP). As entidades vão selecionar as propriedades de destaque em cada região para começar o acompanhamento. “Mesmo aquele produtor que está tendo lucro, pode ter ainda mais. Os indicadores gerados mostrarão a ele novos caminhos”, explica o diretor executivo da Aprosoja, Marcelo Duarte.

Através dos indicadores gerados pelas propriedades consideradas de alto desempenho, o sojicultor saberá, por exemplo, quanto o melhor produtor gastou com insumos, quando ele fez a compra, quando foram utilizados os produtos, etc. Segundo Duarte, esses números também servirão como importante base de dados para universidades, entidades organizadas. formadores de opinião e tomadores de decisão.





Fonte: Só Notícias

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