Estudo confirma impacto de imagem subliminar no cérebro
Esta é a primeira vez que pesquisadores conseguiram provas fisiológicas do impacto destas imagens.
A prática, que foi usada pela primeira vez na década de 1950, foi proibida na Grã-Bretanha, mas ainda é usada nos Estados Unidos.
Imagens subliminares podem estar em meio a outras informações, recebidas conscientemente.
Os pesquisadores do University College de Londres citam como exemplo o filme Clube da Luta, em que um personagem que trabalhava projetando filmes em um cinema coloca um único frame de pornografia em meio aos 24 frames que um filme mostra a cada segundo.
No longa, aqueles que estavam assistindo ao filme projetado não percebiam o frame intruso, mas se sentiam deprimidos ou agressivos logo depois.
Voluntários
Exames do cérebro realizados pelos pesquisadores do University College de Londres mostraram que as pessoas registram imagens apenas se o cérebro tem "capacidade sobrando".
Os sete participantes do estudo utilizaram óculos com filtros azuis e vermelhos que projetavam imagens mais desbotadas, fracas, de objetos do cotidiano em um olho. No outro olho, eram projetadas imagens fortes e bem definidas, que piscavam.
Ao mesmo tempo, os voluntários deveriam realizar uma tarefa fácil, como escolher a letra T em um fluxo de letras, ou uma mais difícil, como escolher uma letra N em branco ou a letra Z em azul.
Com um exame de contraste no cérebro, os pesquisadores descobriram que durante a tarefa fácil o cérebro registrou as imagens fracas, apesar dos participantes não terem percebido o que viram.
Isso foi observado pela atividade em uma parte do cérebro chamada córtex visual primário.
Durante a tarefa difícil, que exigia mais concentração, o exame não captou nenhuma atividade cerebral relevante sugerindo que os participantes não registraram a imagem subliminar.
"O cérebro está aberto para o que está em volta. Então, se existe 'capacidade sobrando', em termos de atenção, o cérebro vai transferir estes recursos para atividades subliminares", diz Bahador Bahrami, do Instituto de Neurociência Cognitiva do University College.
"Estas descobertas destacam o tipo de impacto que a propaganda subliminar pode ter no cérebro."
"O que este estudo não tratou é se isso iria influenciar uma pessoa a sair e comprar um produto", conclui Bahrami.
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