AP: jovens de classe média são suspeitos de tráfico

A Polícia Federal (PF) prendeu nesta sexta-feira em Macapá (AP) o terceiro suspeito de envolvimento em uma quadrilha de tráfico de ecstasy que seria formada por jovens de classe média. Os outros suspeitos, que já foram presos, são uma universitária que ocupava cargo de confiança na Secretaria de Administração do Estado, e um empresário filho da chefe do Cerimonial do governo do Estado.

Foi através do depoimento da estudante, Janaína de Melo Veiga, 24 anos, que a PF conseguiu chegar aos outros dois suspeitos. A quadrilha atuaria no comércio de ecstasy entre os Estados do Pará e Amapá. Janaína foi presa na tarde do dia 2 de março, quando tentava retirar da Agência Central dos Correios de Macapá uma caixa com 170 comprimidos de ecstasy. A droga, avaliada em R$ 6 mil, foi enviada de Belém.

"Só conseguimos chegar até a Janaína através de um telefonema anônimo, que disse o horário e o dia que ela iria receber a droga", disse o delgado da PF, Sérgio Silveira.

Ainda segundo o depoimento de Janaína, a droga seria enviada pelo namorado, Carlos Eduardo de Jesus, 28 anos, que mora em Belém. Ele foi preso na capital paraense no dia 6. No início da noite de sexta-feira, a PF conseguiu prender o terceiro suspeito: o empresário André Amoras Miccione, 23 anos.

Em seu depoimento, André confirmou a negociação com Carlos. E afirmou que cada comprimido de ecstasy seria vendido por R$ 40 em festas raves. De acordo com o depoimento, era ele, André, o responsável pela comercialização da droga. Janaína teria a responsabilidade de retirar a mercadoria dos correios, que seria enviada por Carlos.

Os três suspeitos vão responder pelos crimes de formação de quadrilha, tráfico de drogas, influência para o tráfico e tráfico interestadual. Eles estão presos na Superintendência da Polícia Federal do Amapá e serão transferidos para a penitenciária estadual.