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Cidades/Geral
Sexta - 09 de Março de 2007 às 15:50
Por: José Ribamar Trindade

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Cuiabá seria a cidade mais cara do mundo? Ou apenas a mais cara do Brasil? Entendidos em economia não se arriscam a opinar frontalmente, mas apontam pontos e causas, principalmente em nível de população, renda e gastos entre a Capital de Mato Grosso e outras cidades nacionais e internacionais, tendo como base a proporção. Em Cuiabá, por exemplo, um quilo de salmão pescado em altos mares europeus é mais barato que um quilo de peixe da espécie Pintado pescado no rio Cuiabá. Uma porção de batata frita com menos de 500 gramas no Ducas-7, um restaurante não lá muito chique e sem música ao vivo custa R$ 18.00, dinheiro suficiente para comprar até 12 quilos do produto em um supermercado.

Uma garrafinha de água de coco vendida em frente ao Parque Mãe Bonifácia não custa menos do que R$ 2.50. Sem contar que na terra do gado, e por conseqüência do leite, o cuiabano paga muitas vezes até R$ 2.00 o litro, mesmo em supermercados.

Um litro de gasolina em Cuiabá custa R$ 2,99. Em Belém do Pará, no extremo Norte do Brasil, com mais de 4.500 quilômetros distante de São Paulo o mesmo combustível é vendido a preços que variam entre R$ 2,30 e R$ 2,40. Lá em Belém o preço da passagem de ônibus também custa apenas R$ 1,35, contra R$ 1,85 em Cuiabá.

Em São Paulo as pessoas pagam, no máximo R$ 27,00 pelo botijão de 13 quilos de gás de cozinha. Em Cuiabá, muitas vezes as pessoas pagam até R$ 50,00. O combustível vendido em Tangará da Serra passa por Cuiabá, mas é mais barato do que na Capital em até 30 centavos.

E as corridas de táxi? Os próprios motoristas reclamam que estãos em passageiros devido o preço das corridas, cuja bandeirada é a mais alta do Brasil. Do Shopping Pantanal até o bairro Bela Vista, um percurso de menos de 900 metros o, passageiro paga a bagatela de R$ 8.00.

Para esse percurso de menos de um quilômetro taxista não gasta 1/4 de de litro de gasolina, mesmo assim a ocorrida custa o equivale a mais de oito passagens de ônibus.

Por que a Panificadora Estação do Pão vende o pãozinho francês por R$ 7,00? Qual seria o critério que seus proprietários usam para tabelar o produto à revelia? Dias atrás a reportagem encontrou um funcionário do Procon comprando pão na Estação do Pão. Que bela cena!

No Supermercado Modelo o preço do pãozinho francês estava abaixo de R$ 4.00. Dias depois do governo obrigar que o pão fosse vendido por quilo, prática que já vinha sendo feita há muito tempo, o Modelo aumentou o preço para quase R$ 6.00. Quem autorizou o aumento? Quem fiscaliza?

Não dá pára entender, também, o critério usado para a cobrança do preço do peixe, principalmente o Pintado, um pescado comum, abundante, encontrado em todos os rios de Mato Grossos e outros Estados brasileiros. Em Cuiabá o quilo do Pintado mais barato custa R$ 15,00 inteiro. Limpo chega a R$ 17.00, e o filé muitas vezes passa dos R$ 20.00. Um absurdo.

Também se pode considerar um absurdo o preço da carne bovina em Cuiabá. Picanha a R$ 18.00, contra-filé a R$ 8.00. “Pobre que mora em Cuiabá só pode comprar costela, mesmo assim em dia de promoção. Até a agulhinha e a ponta de peito, que antes eram baratas, hoje estão mais de R$ 5.00, preço impraticável para quem ganha um salário mínimo, ou um pouco mais do que isso”, explica um economista que pediu para não se identificar, mas que acompanha a reportagem.

Vocês sabem por que bares e restaurantes de Cuiabá fecham suas portas ou trocam de dono antes dos seis meses? Na terra do boi: Promoção de jantar, R$ 24.99. O preço do almoço não dá nem para falar. No Rio de Janeiro, em restaurantes de classe média, e muitas vezes até alta, você ainda come por R$ 10.00 em boas churrascarias, no almoço ou no jantar.

E nos restaurantes que servem comidas por quilo os absurdos são ainda maiores. Em cinco visitados pela reportagem, todos estavam vendendo comida a R$ 18.00 o quilo. “Com o preço dessa refeição você compra um quilo de feijão, um quilo de arroz, um quilo de bife, uma quilo de batata, um quilo de cebola, um quilo de tomate, salsa, cebolinha e ainda sobram alguns trocados”, compara o economista que acompanhava a reportagem.





Fonte: 24HorasNews

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