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Nacional
Sexta - 09 de Março de 2007 às 07:40

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Não houve falha nos aparelhos do jato Legacy que colidiu com o Boeing da Gol, em setembro, causando a morte de 154 pessoas. A informação, tirada de análises técnicas, foi transmitida ontem a um grupo de parentes das vítimas do acidente, durante reunião em Brasília. “Não houve falha ou defeito nos equipamentos”, diz nota da Força Aérea Brasileira (FAB). A Aeronáutica informa que agora vai analisar se a operação desses instrumentos pelos pilotos americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino “foi imprópria, acidental ou incorreta”.

Dois equipamentos foram submetidos, nos Estados Unidos, à análise de seus próprios fabricantes: o transponder, aparelho produzido pela Honeywell que aponta a posição da aeronave no radar, e o TCAS, sistema anticolisão, avaliado pela fabricante ACSS.

O advogado Leonardo Amarante, que defende famílias de vítimas, disse estar convencido de que, pela conclusão apresentada pela Aeronáutica, houve falha de Lepore e Paladino. Ele sugere que os equipamentos sejam submetidos a outra avaliação, dessa vez por empresas que não sejam seus fabricantes.

Participaram da reunião de ontem o presidente de comissão formada por familiares das vítimas, Jorge Cavalcante, e o coronel Mounir Bezerra, que, em nome da Aeronáutica, apresentou o resultado das análises técnicas. Segundo Cavalcante, a Aeronáutica vai investigar se os pilotos americanos tinham conhecimento devido dos equipamentos do jato e se receberam treinamento correto para operá-los.

O maior desastre aéreo da história do País ocorreu em 29 de setembro, quando o Legacy, voando em altitude diferente da que lhe foi indicada pelo sistema de controle de vôo, chocou-se com o Boeing, que tinha decolado de Manaus rumo a Brasília.

Os familiares das vítimas vão encaminhar documento à FAB e ao Ministério da Defesa pedindo a indicação de um perito de sua confiança para acompanhar o restante das investigações. Ontem, eles fizeram um protesto na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

“Queremos que o presidente (Luiz Inácio Lula da Silva) diga algo, que se pronuncie. Porque o presidente George Bush estava preocupado com os pilotos americanos”, disse Cavalcante.





Fonte: AE

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