FAB diz em nota que transponder do Legacy não falhou
Dois equipamentos foram submetidos, nos Estados Unidos, à análise de seus próprios fabricantes: o transponder, aparelho produzido pela Honeywell que aponta a posição da aeronave no radar, e o TCAS, sistema anticolisão, avaliado pela fabricante ACSS.
O advogado Leonardo Amarante, que defende famílias de vítimas, disse estar convencido de que, pela conclusão apresentada pela Aeronáutica, houve falha de Lepore e Paladino. Ele sugere que os equipamentos sejam submetidos a outra avaliação, dessa vez por empresas que não sejam seus fabricantes.
Participaram da reunião de ontem o presidente de comissão formada por familiares das vítimas, Jorge Cavalcante, e o coronel Mounir Bezerra, que, em nome da Aeronáutica, apresentou o resultado das análises técnicas. Segundo Cavalcante, a Aeronáutica vai investigar se os pilotos americanos tinham conhecimento devido dos equipamentos do jato e se receberam treinamento correto para operá-los.
O maior desastre aéreo da história do País ocorreu em 29 de setembro, quando o Legacy, voando em altitude diferente da que lhe foi indicada pelo sistema de controle de vôo, chocou-se com o Boeing, que tinha decolado de Manaus rumo a Brasília.
Os familiares das vítimas vão encaminhar documento à FAB e ao Ministério da Defesa pedindo a indicação de um perito de sua confiança para acompanhar o restante das investigações. Ontem, eles fizeram um protesto na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
“Queremos que o presidente (Luiz Inácio Lula da Silva) diga algo, que se pronuncie. Porque o presidente George Bush estava preocupado com os pilotos americanos”, disse Cavalcante.
Comentários