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Nacional
Quinta - 08 de Março de 2007 às 20:11

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Cerca de 280 trabalhadores rurais sem-terra ocuparam por mais de sete horas a frente da agência da Caixa Econômica Federal no município de Maruim, a 30 quilômetros de Aracaju. Eles reivindicavam a liberação de parte dos recursos, por parte da Caixa, para construção de 280 casas no assentamento José Emídio dos Santos, na cidade de Capela. Os manifestantes, que ocuparam a avenida Horácio Martins onde fica a agência desde às 6 horas da manhã, só saíram sete horas depois, quando o superintendente da Caixa em Sergipe, Gilberto Occhi, se reuniu com dirigentes do Movimento Sem Terra (MST) e autorizou a liberação de R$ 1,6 milhão. A outra parte da verba - R$ 1,4 milhão - foi liberdade desde dezembro de 2005 pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Gilberto Occhi garantiu que os assentados podem dar início ao processo de licitação da compra do material para a construção das 280 casas com o recurso do Incra que já está liberado. "Eles já podem começar a obra de construção com os recursos que já estão disponíveis na Caixa, enquanto a Superintendência de Sergipe estará buscando em Brasília o recurso complementar de R$ 6 mil por unidade habitacional, para que todos possam assinar os contratos", garantiu. A expectativa é que isso ocorra até o final deste mês. Outro encaminhamento dado durante as negociações foi a necessidade de regularização, junto ao Incra, da situação de 30 famílias, das 280, para que também possam assinar os contratos.

Para o superintendente do Incra em Sergipe, Carlos Fontenele, esse acordo é muito importante, porque os assentados vão poder dar início às construções imediatamente, antes que o período de chuvas atrapalhe o processo. "Autorizamos o início do processo de aquisição de material, para dar tempo, inclusive, de o recurso da Caixa chegar", acrescentou Fontenele.

Dia da Mulher

Em Aracaju, cerca de 700 integrantes do MST e Via Campesina participaram de uma passeata pelas principais ruas de Aracaju em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Eles saíram da praça da Cruz Vermelha, onde estavam acampados desde a terça-feira, com destino à praça Fausto Cardoso, no centro. Durante o percurso, pararam na sede regional do Incra e entregaram às mulheres que trabalham naquela instituição uma pauta de reivindicações. A caminhada, que engarrafou o trânsito do centro, foi acompanhada pela caravana chilena Arco-Íris pela Paz.

A chuva fina que caiu por volta das 10 horas da manhã, quando era realizado o ato público na praça Fausto Cardoso, não afugentou ninguém. As palavras de ordem, as reivindicações e discursos valorizando e homenageando as mulheres pelo seu dia não foram interrompidos. Algumas pessoas se refugiaram sob as árvores e as crianças correram para o ônibus da caravana chilena e ganharam pirulitos.





Fonte: AE

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