Negligência permitiu morte de pai de Fernanda Somaggio
Os promotores que assinam a representação são Marcos Tadeu Rioli e Fausto Luciano Panicacci. Eles argumentam que, em 8 de fevereiro, Marcos Aparecido Maciel foi detido pela Polícia Militar como testemunha de um caso de tráfico de drogas. No plantão policial foi descoberto que o nome ao qual havia se identificado, Laércio, era falso. E uma vítima de roubo o reconheceu como autor do crime. Além disso, Maciel era foragido da Penitenciária de Lavínia (SP), condenado por dois roubos, além de ainda responder um processo por homicídio em São Paulo. Ele aproveitou o indulto de Natal e não retornou ao presídio. Maciel não foi recapturado, mas liberado pela delegada.
Em 21 de fevereiro, Maciel e Márcio Souza, de 29 anos, foram presos em Monte Santo (MG), após um assalto praticado no distrito de Mococa. Porém, um deles estava com a mão ferida, o que levou a polícia a identificá-los como autores da morte de Ramos, ocorrida na madrugada do mesmo dia. Ramos reagiu à tentativa de assalto, em sua chácara, e foi atingido por dois tiros no abdome. Foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. Nada foi levado e um revólver dos bandidos ainda ficou na casa do biólogo. "Por isso questionamos a posição da delegada, que só nos enviou uma resposta sobre a liberação após os dois últimos crimes", disse o promotor Rioli. No seu entendimento, se Maciel estivesse preso, como deveria, a morte de Ramos teria sido evitada. A delegada Magdalena disse desconhecer a representação e que não falaria sobre o assunto.
Comentários