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Economia
Quinta - 08 de Março de 2007 às 10:56

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A afirmação foi feita após café da manhã realizado nesta quinta-feira (8) com o presidente da Alemanha, Horst Kohler, ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Meirelles afirmou que o BC acha que pode estar acontecendo uma aceleração do crescimento no primeiro trimestre deste ano, em comparação com os três últimos meses de 2006. Ele não comentou, porém, a decisão desta quarta-feira do Comitê de Política Monetária (Copom).

No último trimestre do ano passado, a economia brasileira avançou 1,1%, na comparação com os três meses anteriores e 3,8% contra o último trimestre de 2005, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano de 2006 como um todo, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,9%.

Após o resultado do PIB, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, notou que a taxa de crescimento do último trimestre de 2006 (1,1%) sinalizaria um aumento do PIB da ordem de 4,4% para o ano de 2007.

A declaração de Meirelles sobre o PIB acontece um dia após a decisão do Copom de manter o ritmo de corte da taxa Selic em 0,25 ponto percentual, reduzindo os juros básicos da economia brasileira para 12,75% ao ano. É o menor valor da história, mas ainda representa os juros reais (descontados a inflação) mais elevados do planeta. O setor produtivo voltou a pedir mais ousadia do BC no corte dos juros, alegando que a projeção de inflação do mercado aponta para 3,8% neste ano e para 4% em 2008, ou seja, ambas abaixo da meta central de 4,50% estabelecida para os dois anos.

O BC, por sua vez, recorrentemente defende sua postura conservadora na redução da taxa Selic dizendo, por meio das atas do Copom, que os cortes já efetuados na taxa de juros desde setembro de 2005, de sete pontos percentuais, de 19,75% para 12,75% ao ano, ainda não se refletiram totalmente na economia brasileira.

Especialistas em política monetária informam que um corte de juros demora cerca de seis meses para ter efeito pleno na economia. A declaração desta quinta-feira de Meirelles - de que vê um crescimento maior do PIB no início deste ano - justifica novamente a postura conservadora adotada pelo BC. A lógica é que um crescimento maior do PIB também poderia gerar um avanço da inflação no início deste ano.





Fonte: Globo.com

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