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Cidades/Geral
Quarta - 03 de Abril de 2013 às 07:29

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Terminada a fase de tentativa de conciliação, o Grupo Modelo e o Banco Safra continuarão a questionar judicialmente a venda de um terreno da rede de supermercados para pagar parte da dívida contraída junto à instituição financeira. Na tarde de ontem, a rede mato-grossense de supermercados e instituição financeira realizaram mais uma rodada de negociação intermediada pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do Tribunal de Justiça. 

“Apesar de não termos o acordo formalizado, o balanço é positivo porque a partir das rodadas de negociação estabeleceu-se uma comunicação e compreensão entre as partes para a abertura do diálogo, tanto que os advogados do credor e devedor também se reuniram em São Paulo após o primeiro encontro conciliatório”, afirmou a presidente do Núcleo de Conciliação, desembargadora Clarice Claudino da Silva. 

A magistrada informou que em 48 horas deverá decidir sobre o mandado de segurança, onde o Modelo questiona o valor do terreno a ser vendido. A oferta do imóvel via leilão foi suspensa temporariamente pela desembargadora durante o período conciliatório. Agora, ela analisará se mantém a decisão anterior do desembargador Carlos Alberto da Rocha, que determinou a venda via leilão, se a revoga ou se suspende até a decisão do mérito. 

O Banco Safra defende a regra, já que o contrato do financiamento prevê alienação fiduciária (garantia real) do imóvel e, por lei, não estaria submetido aos efeitos da recuperação judicial do supermercado. Enquanto o Modelo quer a exceção e entrará com recurso para que o terreno passe a compor os bens incluídos no processo de recuperação, que deverá durar seis meses. 

“Entendemos ser possível que um bem alienado seja transformado em valor financeiro. Para tanto, queremos a venda por meio de leilão dentro do processo de recuperação e acreditamos que conseguiremos alcançar um preço para que possamos pagar R$ 19 milhões ao Safra e o restante a alguns dos demais credores”, explicou o advogado Euclides Ribeiro Júnior, da ERS Consultoria – empresa contratada pelo Modelo para elaborar o plano de recuperação. 

“O Banco Safra reitera sua posição judicial e não falará sobre o assunto”, disse o advogado Ussiel Tavares. Apesar de não acrescentar comentários a respeito do processo, ele ressaltou a importância da adoção de métodos de intermediação para a solução de conflitos. 

A CRISE – Em fevereiro deste ano, o grupo Modelo confirmou que está em processo de recuperação judicial. Cerca de R$ 184 milhões em dívidas serão reestruturadas nos próximos meses. Todas as quatro empresas que formam o Grupo – supermercados, centro de distribuição, ABS Logística e Distribuição e a Transportadora Modelo - serão contempladas pela recuperação judicial. 





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