Militantes do PSOL queimam boneco de Bush em frente ao Congresso
A presidente do PSOL, Heloísa Helena (AL), acompanhou a manifestação em seu rápido retorno ao Congresso Nacional depois que deixou o Senado no ano passado. "Qualquer pessoa de bom senso sabe que a visita do Bush é uma fraude política. Não adianta dizer que está se discutindo etanol. É desolador que o presidente Lula faça essa fraude política para elevar a popularidade do senhor da guerra", protestou.
Os manifestantes foram barrados por seguranças para realizar o ato na rampa do Congresso Nacional. Um dos policiais militares escalados para acompanhar o protesto disse que o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), não autorizou a "queima de Bush" na rampa da Casa Legislativa.
Na manhã de hoje, a Comissão de Relações Exteriores da Câmara rejeitou moção apresentada pela deputada Luciana Genro (PSOL-RS) para declarar Bush "persona non grata" no Brasil.
"Eu já imaginava que isso ia acontecer. Mas foi importante para pautar o debate. Os deputados do PT que se mostravam defensores da soberania nacional tiveram que mostrar a sua cara e votar a favor do Bush", disse a deputada.
Segundo Heloísa Helena, o PSOL vai mobilizar amanhã e sexta-feira militantes do partido em todo o país para protestar contra a visita de Bush. "Na semana da mulher, temos que protestar com veemência. O Bush é presidente de um país que incentiva a guerra que faz tantas mulheres como vítimas."
O presidente dos EUA estará em São Paulo nesta quinta e sexta-feira para uma série de compromissos e um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O protesto contra Bush está programado para a tarde de quinta-feira, quando Bush chega ao Brasil, e deverá reunir cerca de 10 mil pessoas no vão livre do Masp.
Os eventos que mais preocupam a polícia, porém, são aqueles nos entornos do hotel e de locais que Bush visitará. Somente nas proximidades do hotel em que o americano estará hospedado são esperadas cerca de 3.000 pessoas.
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