Confiança do consumidor cai pelo 3º mês seguido
Apesar desta diminuição, se for comparado a fevereiro de 2006 (127 pontos), houve uma ligeira melhora. A pesquisa é feita a partir de 1 mil entrevistas, realizadas em 70 cidades, incluindo nove regiões metropolitanas. A margem de erro da pesquisa para o índice é de 3 pontos porcentuais, com um intervalo de confiança de 95%.
No levantamento por regiões, com exceção do Nordeste, que manteve os 123 pontos atingidos em janeiro de 2007, todas as demais regiões registraram queda da confiança no mês passado. Nas regiões Norte/Centro-Oeste e Sudeste, o índice ficou em 140 pontos, depois de atingir, em janeiro, 151 pontos e 148 pontos, respectivamente. Na região Sul, foi verificado o menor INC de fevereiro (97 pontos) ante os 101 pontos de janeiro.
Desemprego e dívidas
Na avaliação do presidente da ACSP, Guilherme Afif Domingos, o desemprego e o endividamento ainda são fatores constantes na justificativa da queda da confiança do consumidor. "O declínio consecutivo da confiança do consumidor na situação econômica e financeira pessoal é decorrente da insegurança no emprego e da dificuldade na gestão das dívidas atuais, porém as expectativas para o futuro continuam otimistas", ressaltou, em comunicado à imprensa.
Prova disso é a indicação, verificada no levantamento, de que 39% da população brasileira acredita que o desempenho econômico de sua região para os próximos seis meses vai continuar forte. Na outra ponta, 14%, estimaram que o desempenho será fraco.
Quanto às compras, o INC indica uma boa situação na aquisição de eletrodomésticos no País. Na pesquisa de fevereiro, a maioria (44% dos entrevistados) disse ser favorável a estas aquisições. Já em relação às compras de imóveis e automóveis a situação se inverte, com o maior grupo (38%) menos favorável a essas aquisições.
Sobre a confiança na manutenção do emprego, houve uma queda nesta percepção, com 45% dos entrevistados otimistas, em janeiro, para 42% em fevereiro. Na outra ponta, no terreno dos mais pessimistas, houve um ligeiro aumento, de 26% para 27%, no mesmo período, em relação à falta da confiança na segurança do emprego.
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