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Agronegócios
Quarta - 07 de Março de 2007 às 13:12

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O Grupo Bertin, maior exportador de carne do Brasil, projeta investimentos pesados no município mato-grossense de Água Boa, sob comando do prefeito Maurício Tonhá, o Maurição (PR), um dos maiores pecuaristas da região. Nesta semana, a diretoria da Corporação Financeira Internacional (IFC), braço do Banco Mundial que financia a iniciativa privada, deve aprovar um empréstimo de US$ 90 milhões para o Grupo Bertin. Parte desses recursos será investido em matadouros e curtumes em Água Boa, além da expansão das instalações do grupo na região de Marabá (PA).

O assunto vem gerando protestos de ambientalistas. Ocorre que o apoio a projetos de pecuária, maior vetor de desmatamento na região amazônica, vai contra as diretrizes do próprio Banco Mundial e, para as Ongs, aumentará a pressão sobre a floresta.

Seus representantes argumentam ainda que não foram feitos estudos de impacto ambiental em todas as regiões, e que a IFC já cometeu erros no passado na região amazônica. Citam como exemplo um empréstimo de US$ 30 milhões da IFC ao Grupo André Maggi, do governador Blairo Maggi, que foi condenada em 2005 por uma auditoria feita pelo Bird a pedido de seu então presidente, James Wolfensohn.

O dinheiro, aprovado em 2004, foi usado no financiamento de produtores de soja que forneciam à Maggi na região leste do Estado. Na época, a IFC entendeu que o projeto deveria ser classificado na chamada categoria B (risco ambiental moderado), quando ambientalistas pediam que ele fosse listado na categoria A (alto risco). De acordo com os ambientalistas, a auditoria apontou falhas no projeto.





Fonte: RDNews

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