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Agronegócios
Terça - 02 de Abril de 2013 às 19:32
Por: Thalita Araújo

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O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), Glauber Silveira, afirma que “o atraso no registro de defensivos agrícolas tira a competitividade do negócio agrícola e mina a sustentabilidade da agricultura brasileira”.


Em seu blog, “Soja”, Silveira relata que há tempos o setor produtivo vem lutando pelo destravamento do sistema de registro de defensivos agrícolas no Brasil. 

“Ao contrário do que muitos possam pensar, trata-se de uma luta pela sustentabilidade do negócio agrícola no país. Afinal em um país de clima tropical como o Brasil é impossível se fazer agricultura em larga escala sem defensivos”, explica.

O presidente da Aprosoja alega que o uso contínuo de um único produto inseticida leva ao isolamento de insetos resistentes no campo, o que já foi reportado acontecer em cinco anos e alguns casos até em três anos. 

“Isso significa que o agricultor poderá até elevar a dose do produto, mas o resultado inevitável é que logo o inseto não será mais susceptível ao defensivo e o único modo de controlá-lo será por meio de outro produto que demonstre eficiência no controle”, complementa.

Glauber explica que para evitar que as pragas fiquem resistentes, as próprias empresas fazem um rodízio de produtos no mercado, mas com o passar do tempo ou aparece um produto novo ou os insetos prevalecem e causam prejuízos.

Segundo Glauber, no Brasil o registro de um produto novo na fila para análises demora aproximadamente 39 meses, o que dá pouco mais de três anos. 

“Contudo, isso só serve para aqueles que já estão em análise. Segundo dados do IPEA, publicado no Boletim Radar de 06/2012, existem 1.041 processos no sistema de registro de defensivos brasileiro. E conforme exemplo citado pelo IPEA, a ANVISA é o órgão onde o processo demora mais e onde só se avalia 150 processos por ano. Ora, fica claro concluir que o último processo da fila só será analisado depois de sete anos”, lamenta o presidente da Aprosoja.






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