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Nacional
Terça - 06 de Março de 2007 às 16:55

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O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) negou nesta terça-feira que o Planalto tenha interferido na disputa pela presidência do PMDB. A acusação foi feita pelo ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Nelson Jobim e usada como argumento para ele desistir da candidatura ao comando do partido. "Não há qualquer intervenção do governo nesse processo. O presidente [Luiz Inácio Lula da Silva] estava apoiando o Jobim", afirmou.

O ministro considerou uma "conclusão equivocada" de Jobim acusar o governo de ter interferido na disputa ao antecipar as discussões no PMDB sobre a reforma ministerial. "É uma conclusão equivocada. O governo não tem preferência por nenhum dos dois candidatos. O presidente é que tem simpatia pelo Jobim", afirmou.

Ontem, Lula convidou o deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) para o Ministério da Integração Nacional. A indicação foi avalizada por Temer, o que irritou o grupo de Jobim que trabalhava pelo adiamento dessa decisão para depois da eleição pelo comando do partido.

O ministro negou que tenha discutido ontem com Jobim. O ex-ministro teria procurado Tarso após Geddel deixar o Palácio como futuro ministro. "Nunca tive diálogo ríspido com o Jobim. Trabalhamos juntos durante todo esse tempo", afirmou. Nos bastidores, aliados de Jobim revelaram que os dois bateram boca ontem à noite.

Segundo Tarso, a divisão do PMDB não interessa ao governo. "O presidente Lula deseja o PMDB unido e todo ele participando do governo", salientou. Deputados também tentaram colocar panos quentes na disputa interna do partido. "Jobim tem estatura para ocupar qualquer espaço no PMDB, mas é fundamental costurar a unidade do partido e dar sustentação firme para o governo", disse Geddel.

Vaga

Com a desistência de Jobim de participar da disputa, Temer será eleito presidente do partido como candidato único. Em contrapartida, o PMDB da Câmara terá apenas um ministério no governo e não dois como pleiteava.

Embora o Planalto negue oficialmente a ajuda à candidatura de Temer, o fato é que a desistência de Jobim será usada como argumento para Lula não ter que ceder as investidas da bancada do partido na Câmara. Ou seja, os deputados do PMDB ficaram com a presidência do partido e um ministério --o da Integração Nacional.





Fonte: Folha Online

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