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Agronegócios
Terça - 06 de Março de 2007 às 10:30

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Apesar dos discursos e das pressões de produtores e de algumas áreas do governo brasileiro, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, não decidirá, em sua passagem pelo Brasil, nada que se relacione às tarifas sobre a importação de etanol do País pelo mercado americano. "A tarifa não está em negociação e não temos a intenção de propor qualquer alteração. Isso é um assunto do Congresso", afirmou ontem Stephen Hadley, conselheiro da Segurança Nacional dos EUA.

Hadley deu detalhes da visita que Bush fará a cinco países da América Latina a partir de sexta-feira, quando desembarca em São Paulo. O Brasil queixa-se das barreiras impostas à venda do álcool brasileiro nos EUA - 0,54 centavos de dólar por galão, o que dificulta as exportações brasileiras para esse país. Mas alterar essa norma é praticamente impossível, visto que os lobbies dos produtores americanos de etanol, a partir do milho, são muito fortes no Congresso.

O conselheiro antecipou que Lula e Bush devem acertar um acordo de cooperação para desenvolver o produto, aumentar a participação dos países da América Central e Caribe na produção e integrar o Fórum Internacional dos Biocombustíveis, um esforço destinado a uniformizar a indústria do etanol. Nem por isso, no entanto - prosseguiu ele -, se pretende negociar uma união entre os dois, que são os maiores produtores mundiais, numa "Opep do etanol". Segundo ele, "não se trata de compartilhar produção, mas de encorajar o desenvolvimento e a entrada de países do Caribe e da América Central nesse jogo".





Fonte: Estadão

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