Mortes por dengue ultrapassam números de 2006 no MS
Dados do Ministério da Saúde, atualizados até o dia 26 passado, ainda apontam seis mortes no país: duas em Mato Grosso do Sul, uma em Minas Gerais, outra no Rio de Janeiro, uma em Tocantins e outra em Goiás. Durante 2006, em todo o Brasil 64 pessoas morreram.
A secretaria informou que o relatório com seis mortes, quatro a mais em relação às registradas pelo ministério, estava sendo fechado ontem. Os dados sobre as novas mortes ainda serão repassados ao ministério.
Ainda conforme a secretaria, de 1º de janeiro até ontem, foram notificados 42.072 casos da doença no Estado contra 15.025 durante 2006.
Do total de casos notificados neste ano, 28.032 foram em Campo Grande. A cidade tem confirmados 11 casos de febre hemorrágica da dengue e outros 95 suspeitos, mas não registrou mortes.
As mortes ocorreram, segundo a secretaria, em Aquidauana, Laguna Caarapã, Dourados, Três Lagoas, Amambaí e Jardim. Duas aconteceram na semana passada, um ontem.
Apesar disso, o superintendente de Vigilância em Saúde de Mato Grosso do Sul, Eugênio Barros, afirma que a doença está recuando no Estado.
"Até sexta-feira [passada] de manhã tínhamos 41.759 casos. Fechamos hoje com 42 mil. Não chegam a 500 novas notificações em três dias. Antes, eram mais de mil casos novos diariamente", afirmou.
O superintendente atribui o recuo à redução das chuvas, ao combate aos focos do mosquito com a ajuda até do Exército e a maior colaboração de moradores evitando água parada nas casas.
A epidemia de dengue foi causada principalmente pela chegada ao Estado do vírus tipo 3 da doença. "A população tem menor imunidade a esse tipo", disse Barros. Isso ocorre, segundo ele, pois antes circulavam apenas os vírus tipos 1 e 2.
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