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Nacional
Terça - 06 de Março de 2007 às 08:39

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O presidente do PMDB, Michel Temer (SP), desautorizou seus correligionários a recorrem à Justiça para tentar impugnar a chapa encabeçada por seu adversário, Nelson Jobim, na disputa pela presidência do partido. Nesta tarde, aliados de Temer apresentaram à Executiva Nacional do partido pedido de impugnação da chapa de Jobim diante de irregularidades encontradas no registro da candidatura.

Temer disse estar disposto a ganhar as eleições no voto, sem qualquer manobra jurídica que possa ser interpretada como manobra.

"De fato, há irregularidades graves [na chapa de Jobim]. Houve [o pedido de] impugnação, mas a palavra tem sido a de que se dê prazo de 36 horas, 48 horas, para que se apresentem as autorizações [à chapa]. Vamos proceder dessa maneira para não parecer que queremos disputa no tapete. Queremos disputa no voto", enfatizou.

Jobim acusou hoje o grupo de Temer de querer levar a disputa para além da Executiva do PMDB diante da derrota iminente. "Quem protesta está perdendo", afirmou Jobim. Temer afirmou que está disposto a convencer seus aliados a desistirem da disputa jurídica porque não quer carregar a pecha de ganhar no "tapetão".

Entre as irregularidades no registro da chapa de Jobim está a duplicidade do ex-ministro Luciano Barbosa como um dos candidatos a vaga na Executiva Nacional. Com o nome registrado duas vezes, a chapa ficou apenas com 118 integrantes --enquanto o regimento do partido determina que sejam 119 candidatos a integrantes da Executiva. "Se fosse para analisar o regimento, a chapa estaria impugnada. Mas não quero levar isso adiante. Vão dizer que quero politizar a disputa", afirmou.

Temer também minimizou o racha no PMDB provocado pela dupla candidatura à presidência do partido --que dividiu ao meio as bancadas da Câmara e no Senado a favor de Jobim e Temer, respectivamente. "Pela primeira vez o PMDB está inteiramente reunificado. Passada a eleição, vamos manter a unidade", garantiu Temer.

Cordialidade

Em tom diplomático, o presidente do PMDB evitou o embate com Jobim mesmo ao ser questionado sobre as críticas do ex-presidente do STF à sua gestão do partido. Jobim chegou a afirmar que o PMDB não tem programa de trabalho, nem mesmo unidade nacional, capaz de reunificar o partido.

"Eu até compreendo essa atitude do Jobim. Ele esteve mais de dez anos afastado do partido. Ele nem se apercebeu que fizemos prévias de afiliados, que percorremos o país com isso. Ele vai tomar contato com a realidade e colaborar com o partido. Acho que é questão de estilo", afirmou.





Fonte: Folha Online

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