Passe-livre em Rondonópolis elevará tarifa de R$ 1,80 para mais de R$ 2,10
Além da alta na tarifa a empresa também aponta outros problemas que podem ser enfrentados pelos usuários como a superlotação dos ônibus em horários de pico, queda do número de usuários que pagam pelo sistema de transporte, assim como a suspensão de investimentos previstos pela empresa para a melhoria do transporte coletivo.
De acordo com o gerente da empresa Cidade de Pedra, Genivalter Damasaceno os gastos com o cumprimento da lei pode gerar uma despesa mensal de mais R$ 200 mil, considerado o número de estudantes que utilizam hoje do sistema. O número de estudantes que optariam pelo transporte coletivo pode triplicar com a gratuidade passando de 8 mil para até 24 mil alunos mês, passando assim, a ocasionar um custo mensal de R$ 600 mil.
“Aqueles que hoje utilizam de outros meios de transporte com a gratuidade passariam a usufruir do transporte coletivo. Imaginamos que as pessoas que vão de bicicleta, moto e outros passariam a utilizar o coletivo por ser gratuito”, ressaltou o gerente.
Conforme o gerente quem pagará pelos gastos será o usuário que em meses posteriores poderão considerar o valor da passagem inviável e procurar outras formas de transporte ou o poder público arcar com a despesa. Hoje, a gratuidade, benefício dos idosos e portadores de necessidades especiais, e a meia-passagem corresponde a 27% dos usuários.
“O contrato de prestação de serviços a Prefeitura Municipal nos garante o equilíbrio econômico financeiro nos autorizando o reajuste da tarifa que poderá ultrapassar os R$2, 10, ou repasse mensal do município para arcar com as despesas, porém sabemos que no orçamento do município não existe recurso previsto para o custeio da gratuidade o que reforça a inviabilidade da lei”, disse.
Quando a empresa Cidade de Pedra começou as suas atividades em Rondonópolis em 23 de julho de 2005, os investimentos chegaram à ordem de R$ 2 milhões, hoje as melhorias já custaram à empresa mais de R$ 7 milhões, totalizando R$ 9 milhões em melhorias no sistema de transportes.
Quanto à investimentos futuros, o gerente Genivalter anunciou que está previsto no orçamento da empresa a compra de mais 10 ônibus, mas os investimentos estão suspensos enquanto se discute a lei da gratuidade. “A lei pode prejudicar o orçamento da empresa e isso fará com que os investimento sejam cancelados”, finalizou o representante da Cidade de Pedra.
Comentários