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Terça - 06 de Março de 2007 às 08:00
Por: Eduardo Ramos

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A passagem do transporte coletivo pode passar de R$ 1,80 para, no mínimo R$ 2,10, caso seja aprovada a lei do passe-livre, em discussão na Câmara Municipal. O aumento no preço está previsto porque a conta de quem não vai pagar, no caso, dos estudantes terá que ser paga, a princípio pelos demais usuários, já que nem a Prefeitura, nem a empresa Cidade de Pedra, responsável pelo serviço dizer ter condições de arcar com os custos gerados pela gratuidade da passagem para os estudantes. Um levantamento feito pela empresa aponta um prejuízo de R$ 600 mil, caso a lei seja aprovada e passe a vigorar.

Além da alta na tarifa a empresa também aponta outros problemas que podem ser enfrentados pelos usuários como a superlotação dos ônibus em horários de pico, queda do número de usuários que pagam pelo sistema de transporte, assim como a suspensão de investimentos previstos pela empresa para a melhoria do transporte coletivo.

De acordo com o gerente da empresa Cidade de Pedra, Genivalter Damasaceno os gastos com o cumprimento da lei pode gerar uma despesa mensal de mais R$ 200 mil, considerado o número de estudantes que utilizam hoje do sistema. O número de estudantes que optariam pelo transporte coletivo pode triplicar com a gratuidade passando de 8 mil para até 24 mil alunos mês, passando assim, a ocasionar um custo mensal de R$ 600 mil.

“Aqueles que hoje utilizam de outros meios de transporte com a gratuidade passariam a usufruir do transporte coletivo. Imaginamos que as pessoas que vão de bicicleta, moto e outros passariam a utilizar o coletivo por ser gratuito”, ressaltou o gerente.

Conforme o gerente quem pagará pelos gastos será o usuário que em meses posteriores poderão considerar o valor da passagem inviável e procurar outras formas de transporte ou o poder público arcar com a despesa. Hoje, a gratuidade, benefício dos idosos e portadores de necessidades especiais, e a meia-passagem corresponde a 27% dos usuários.

“O contrato de prestação de serviços a Prefeitura Municipal nos garante o equilíbrio econômico financeiro nos autorizando o reajuste da tarifa que poderá ultrapassar os R$2, 10, ou repasse mensal do município para arcar com as despesas, porém sabemos que no orçamento do município não existe recurso previsto para o custeio da gratuidade o que reforça a inviabilidade da lei”, disse.

Quando a empresa Cidade de Pedra começou as suas atividades em Rondonópolis em 23 de julho de 2005, os investimentos chegaram à ordem de R$ 2 milhões, hoje as melhorias já custaram à empresa mais de R$ 7 milhões, totalizando R$ 9 milhões em melhorias no sistema de transportes.

Quanto à investimentos futuros, o gerente Genivalter anunciou que está previsto no orçamento da empresa a compra de mais 10 ônibus, mas os investimentos estão suspensos enquanto se discute a lei da gratuidade. “A lei pode prejudicar o orçamento da empresa e isso fará com que os investimento sejam cancelados”, finalizou o representante da Cidade de Pedra.





Fonte: Primeira Hora

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