MST e Incra não se entendem e sem-terra continuam em Cuiabá

Os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) saíram ontem da reunião com o superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Leonel Wohlfahrt, afirmando que vão manter a ocupação do órgão até que o superintendente dê agilidade aos procedimentos da reforma agrária.

Sem acordo na reunião realizada no período da manhã, na Assembléia Legislativa, os outros trabalhadores, do Movimento Movimento dos Trabalhadores Acampados e Assentados no Estado de Mato Grosso (MTA), que chegaram ontem pela manhã em Cuiabá, depois de uma semana, acabaram ficando em uma área do Intermat, no Centro Político Administrativo. MST e MTA afirmam que não querem confronto entre seus integrantes, mas precisam manter distância para que isso não aconteça.

O MTA quer se reunir com o governador do Estado, Blairo Maggi, para pedir a exoneração do superintendente do Incra. Por outro lado, o MST exige de Leonel aceleração nos processos de desapropriação e recursos para a reforma agrária.

Segundo o superintendente do Incra, seis propriedades estão prontas para a reforma agrária, mas devido ao Incra ter passado por contingenciamento, o processo teve que ser desacelerado. Os dados do Incra e do MST são bastante divergentes. Enquanto o primeiro afirma que assentou 700 famílias nos últimos quatro anos, o MST afirma que foram apenas 38.