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Nacional
Segunda - 05 de Março de 2007 às 17:12

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Depois de liderar 14 invasões de fazendas no Pontal do Paranapanema e Alta Paulista, no oeste do Estado durante o carnaval, o líder do Movimento dos Sem-Terra (MST), José Rainha Júnior, vai pedir dinheiro para o governo federal para um projeto de biodiesel na região. Ele se reúne amanhã com o superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Raimundo Pires Silva, em São Paulo.

Rainha entregará um projeto que prevê a liberação de recursos para o plantio da oleaginosa conhecida como pinhão mansão nos assentamentos da região. Em três anos, quando os primeiros 5 mil hectares entrarem em produção, será instalada uma usina para a obtenção do óleo. Cada família de assentado, segundo Rainha, deverá plantar entre 1,5 e 2,5 hectares. "Para os próximos 10 anos, o plano é ter 60 mil hectares produzindo", disse. Segundo Rainha, os assentados terão participação na renda do biodiesel.

A produção será exportada para Portugal e Espanha. "Esperamos garantir uma renda média de R$ 1,2 mil mensais por família." Ele disse que o projeto vai significar a redenção dos assentamentos na região, hoje ainda dependentes de recursos governamentais. "O biodiesel é um projeto do governo Lula e estamos dispostos a ajudar o governo."

O custo da planta industrial para a produção do óleo gira em torno de R$ 50 milhões, mas essa parte será bancada pela iniciativa privada, segundo Rainha. "Ao governo caberá o fomento da produção." O projeto, elaborado pela Companhia de Desenvolvimento do Pólo Tecnológico de Campinas (Ciatec), vinculado à Unicamp, já foi apresentado ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal (CEF) para estudo da viabilidade financeira.

A Cooperativa dos Assentados do Pontal do Paranapanema (Cocamp), controlada pela coordenação do MST na região, também apresentou ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) um projeto de biodiesel que seria bancado pela Petrobrás. Segundo Valmir Chaves, a Cocamp impôs como condição a participação dos assentados na parte industrial.





Fonte: AE

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