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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Segunda - 05 de Março de 2007 às 16:53

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O ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Nelson Jobim negou nesta segunda-feira as especulações de que estaria disposto a desistir da disputa pela presidência do PMDB. A hipótese foi cogitada depois que aliados do candidato Michel Temer (PMDB-SP) apresentaram números que comprovariam a suposta vitória do atual presidente da legenda.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que apóia Jobim nos bastidores, chegou a cogitar o desembarque de sua candidatura diante dos números favoráveis a Temer. "Isso foi meramente especulação. Não houve nenhum momento intenção de desistir e não desistirei em hipótese alguma. A candidatura está posta e a disputa será dia 11", enfatizou.

Jobim criticou as especulações sobre a vantagem de Temer anunciada por seus aliados, o que segundo ele não se configura na prática. "Se você somar as afirmações do lado de cá e do lado de lá, dá mais que 100%. Eu não especulo. Essas coisas são sempre a posteriori e não a priori. A lógica matemática não trabalha com esse tipo de especulação, mas com certezas", disse.

Mesmo sem falar em números, o ex-presidente do STF afirma que sua candidatura tem o apoio de Estados como o Rio Grande do Sul, Paraná, parte de Santa Catarina e do Rio de Janeiro, Amazonas e Espírito Santo. Em São Paulo, reduto eleitoral de Temer, Jobim reconheceu que seu adversário leva vantagem. Estados como o Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo e o Paraná têm forte peso na disputa diante do número de peemedebistas com direito a voto na convenção. Encontro

Jobim vai se reunir nesta tarde com Temer para discutir as regras da convenção nacional do partido, marcada para domingo. O ex-presidente do STF descartou qualquer possibilidade de acordo com Temer para uma única candidatura à presidência do partido.

Jobim admitiu que foi sondado pelo atual presidente do partido para abrir mão da disputa em troca de assumir o comando do partido em 2008.

"Isso foi proposto para mim, eu não aceitei. Ele [Temer] propôs que, em um ano, renunciaria e ofereceria a presidência para mim. Só que aí tem um problema de natureza jurídica: se a chapa está composta, quem assume é o vice-presidente. Só se houvesse renúncia coletiva do diretório, isso é um absurdo e inaceitável, porque temos plano de até maio de 2008 definir posições do partido", disse.

O candidato defende a elaboração, até o ano que vem, de um programa único para o PMDB capaz de reinserir o partido nas disputas nacionais --de olho no lançamento de candidatura à presidência da República em 2010.

"Porque o PMDB não tem unidade nacional? As unidades do PMDB se dão em nível regional, nos Estados. Não tem unidade nacional porque não tem programa. As unidades s e dão através de relações pessoais, troca de favores e de vantagens. Vamos produzir o programa, o programa produz a unidade e a unidade produz 2010", enfatizou.





Fonte: Folha Online

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