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Nacional
Segunda - 05 de Março de 2007 às 09:28

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta segunda-feira, 5, o imposto cobrado pelos norte-americanos sobre o etanol brasileiro. O governo pretende tratar do assunto na próxima sexta-feira, 9, durante a visita do presidente americano, George W. Bush, ao Brasil. Além disso, o tema também deve ser encaminhado aos debates da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Genebra.

"Nós estamos dispostos a fazer a nossa parte desde que eles façam a parte deles", disse Lula em seu programa semanal de rádio, Café com o Presidente. "Eles falam muito em livre comércio, mas gostam de proteger os seus produtos. Não tem sentido a alta taxa que os EUA impõem ao álcool brasileiro."

Atualmente, os EUA taxam em 2,5% o etanol brasileiro, além de cobrarem um imposto de R$ 0,30 por litro. A idéia do governo é sugerir a redução da taxa para que o combustível possa ser exportado pelo País de forma mais competitiva.

Segundo reportagem do Estado publicada nesta segunda-feira, porém, produtores de milho dos EUA e donos de usina de etanol acham que ainda não está na hora de o governo americano reduzir as barreiras ao álcool brasileiro.

Rodada Doha - Lula disse que uma outra prioridade do encontro com Bush é a discussão acerca da continuidade da Rodada Doha, que trata dos subsídios agrícolas concedidos pelos países desenvolvidos e está travada desde julho do ano passado.

O presidente voltou a criticar os subsídios que os EUA e a União Européia dão aos agricultores de seus países. "Estamos pedindo é que os EUA deixem de dar o subsídio que dão hoje, que a União Européia flexibilize a entrada de produtos de países de Terceiro Mundo e que os países do G-20, do qual Brasil, Índia e China fazem parte, flexibilizem produtos industriais em setor de serviço", afirmou.

Chávez - Durante seu programa semanal, Lula negou também que a visita de Bush tenha como objetivo discutir a atuação do presidente venezuelano, Hugo Chávez. Para ele, é improvável que "o presidente Bush venha conversar um assunto como esse".

"Eu acho que não há espaço para a gente discutir problemas de outros países, a não ser discutir os nossos próprios", ressaltou o presidente. "Se nós conseguirmos avançar nos nossos problemas, nós já estaremos fazendo um bem à humanidade extraordinário".





Fonte: Estadão

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