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Internacional
Segunda - 05 de Março de 2007 às 06:42

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O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e o primeiro-ministro interino, Ismail Haniyeh, se reúnem novamente hoje para resolver os empecilhos referentes a três ministérios, que impedem a concretização de um novo Governo de união.

As desavenças, não resolvidas ontem à noite, quando começaram as consultas para integrar o Gabinete Nacional em formação - que contará com 25 membros - giram em torno da designação de quem desempenhará as funções de vice-primeiro-ministro, ministro do Interior e ministro de Assuntos Exteriores.

O porta-voz do Governo interino de Haniyeh, Ghazi Hamad, disse aos jornalistas logo após a reunião que a nova coalizão deve ser apresentada dentro do período concedido pelo presidente Abbas ao primeiro-ministro, que tem outras duas semanas.

A reunião entre Abbas e Haniyeh é a primeira realizada desde 15 de fevereiro, quando o Governo liderado até o momento pelo Hamas renunciou e o presidente pediu a Haniyeh, no mesmo dia, que formasse um Governo de unidade.

Diante da demora, fontes ligadas às negociações destinadas a integrar o novo Gabinete conjeturavam que o novo Governo seria anunciado ainda hoje, mas a falta de definição mostra que não houve progresso.

O porta-voz do presidente Abbas, Nabil abu Rudeine, previu ontem à noite que a formação do Governo será completada dentro de uma semana, desde que não existam problemas sérios nas consultas com Haniyeh e os representantes do Hamas.

Abbas, também líder do Fatah, e Haniyeh, que falaram ontem aos jornalistas, têm pela frente pelo menos outros dois dias de consultas.

O Hamas venceu com folga nas eleições da ANP de janeiro do ano passado, mas a posse de Haniyeh trouxe junto um embargo internacional devido às posições dos islamitas, que se negam a reconhecer o Estado judeu, a cumprir acordos prévios com Israel e a encerrar a luta armada - passos essenciais para impulsionar o estagnado processo de paz.

Um dos objetivos do Governo de unidade é justamente superar este boicote. A ANP tem problemas até para pagar os salários de 160.000 funcionários públicos, entre eles os da segurança, por falta de fundos.

O outro grande objetivo é conseguir uma reconciliação entre o histórico movimento Fatah, do ex-presidente Yasser Arafat, que pela primeira vez milita na oposição, e o Hamas, cujas respectivas forças protagonizaram sangrentos confrontos no início do ano.




Fonte: Agência EFE

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