Secretário: só a polícia não resolve a violência
"Não adianta colocar a segurança somente nos ombros das forças policiais", afirmou Beltrame. Ele disse ainda que crimes como o assassinato dos três franceses, em tese, não podem ser coibidos por serem praticados dentro de residências.
O cônsul-adjunto da França Cédric Prieto informou que os pais do casal Christian Pierre Doupes e Delphine Douyère devem retornar para a França com o filho na próxima quinta-feira ou sexta-feira, mas o translado dos corpos pode atrasar e ocorrer somente na semana que vem devido a questões burocráticas. Os corpos do casal e de Jérôme Faure continuam no Laboratório de Embalasamanto no bairo de Inhaúma, no Rio.
Cerca de 500 pessoas participaram do culto nesta manhã - que durou 1 hora e 40 minutos, na Igreja de São José, na Lagoa Rodrigo de Freitas.
Os pais de Doupes e Douyère acompanharam a cerimônia na primeira fila. Também estavam presentes o cônsul da França, Hugues Goisbault, o secretário de Educação do Rio, Nelson Maculan, e jovens que eram atendidos por programas sociais da ONG Terr'Ativa.
O padre Lúcio Antônio Veleda, iniciou a celebração, às 10h10, pedindo aos presentes esperança por dias melhores. O ato ecumênico também teve a participação de budistas e espíritas.
O padrastro de Delphine, Francis Flaga, leu uma mensagem durante a cerimônia agradecendo o apoio dos brasileiros após o assassinato e lamentou a morte trágica.
Ana Carolina, presidente da ONG Terr'Ativa, disse que o Jérôme veio para o Brasil com Delphine e começaram a desenvolver projetos sociais. Após algum tempo no País, o casal se separou e Delphine acabou conhecendo Christian.
Ana disse que foi uma das incentivadoras do início do relacionamento. Segundo ela, os estrangeiros enfrentaram corruptos e bandidos para a implantação de projetos sociais e acompanhavam as notas e frequências escolares de um cada um dos integrantes dos projeto.
Doupes, Delphine e Faure foram assassinados a facadas na sede da ONG Terr'Ativa, em Copacabana. Os três envolvidos no crime estão presos na Polinter. O crime teria sido planejado por um funcionário da instituição que pretendia acobertar um desvio de mais de R$ 80 mil nas contas da ONG.
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