R.Unido: Crise na saúde aumenta mortes de grávidas
Segundo a edição de hoje do jornal "The Independent on Sunday", 391 mulheres morreram durante o parto nos três últimos anos, enquanto 17.676 sofreram danos físicos quando estavam internadas nas alas de maternidade dos hospitais britânicos.
Alguns casos são especialmente graves, já que se tratam de intestinos perfurados, e as pacientes precisaram fazer colostomias provisórias.
A magnitude do problema é tal que o valor das ações apresentadas ao Serviço Nacional de Saúde por suposta negligência médica chegou a £ 1 bilhão (cerca de ? 1,5 bilhão) nos últimos cinco anos.
Os especialistas advertem que serão necessárias dez mil parteiras a mais se os serviços de saúde quiserem evitar um aumento ainda maior dos erros médicos e das mortes de mulheres.
Além disso, os analistas afirmam que há uma escassez de especialistas em obstetrícia, agora que os médicos fazem mais cesáreas, o que também se deve, em parte, à carência de pessoal para fazer partos normais.
"O Governo está fechando muitas maternidades e eliminando postos de parteiras. O resultado é que muitas auxiliares técnicas de saúde estão fazendo o trabalho de parteiras experientes porque se torna mais barato", denuncia Katherine Murphy, da Associação de Pacientes.
Segundo dados oficiais, mais de um a cada cinco nascimentos na Grã-Bretanha são feitos por cesárea, número muito superior aos 15% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Dois terços das unidades de maternidade dos hospitais têm carência de pessoal ou sofrem algum tipo de desequilíbrio entre os tipos de profissionais disponíveis.
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