Pesquisa avalia impacto ambiental da presença brasileira na Antártida
Em 2002, o Ministério do Meio Ambiente em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Proantar criou as redes 1e 2 para estudar a interferência do homem no planeta e, mais especificamente, no ambiente antártico. A rede 1 trata de mudanças climáticas globais e a rede 2, é voltada para uma pesquisa mais local.
Helena Passeri Lavrado, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é uma das pesquisadoras do projeto e explica que a idéia é fazer um monitoramento ambiental da Baía do Almirantado, na Baía Rei Jorge, onde está localizada a estação brasileira Comandante Ferraz.
“O nosso projeto tem como objetivo principal avaliar se produtos da atividade humana - como o lançamento de esgoto doméstico da estação brasileira, ou mesmo, algum possível acidente por óleo, que às vezes pode acontecer com as embarcações - podem estar causando ou não algum tipo de impacto para a biota [conjunto de seres vivos de um ecossistema] marinha’, explicou a pesquisadora em entrevista à Agência Brasil.
Helena Passeri diz que escolheu os chamados organismos bentônicos, ou seja, animais invertebrados (estrelas-do-mar, esponjas,moluscos, crustáceos) para avaliar os impactos ambientais porque eles costumam ter uma vida sedentária e por isso servem como bons indicadores da qualidade ambiental.
”Eles não se deslocam a grandes distâncias, não têm capacidade de migrar a grandes distâncias por essa razão eles vão ser os que mais vão sofrer os efeitos danosos de algum tipo de efluente doméstico”.
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