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Economia
Sábado - 03 de Março de 2007 às 18:25

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A Petrobras e a Mitsui, conglomerado japonês com forte atuação na área de energia, construirão em conjunto com investidores da iniciativa privada 40 usinas de produção de álcool no país, orçadas, ao todo, em US$ 8 bilhões. O objetivo é exportar o produto ao Japão.

Paulo Roberto Costa, diretor de Abastecimento da Petrobras, disse à Folha que cada projeto está avaliado em cerca de US$ 200 milhões e que as duas empresas terão uma participação minoritária de 15% a 20%. As unidades entrarão em produção a partir de 2011.

"Estamos avaliando 40 projetos. Não quer dizer ainda que vamos fazer todos. São projetos privados que estão dentro daquela visão de exportação para o Japão", afirmou.

Costa disse que a maioria das negociações é feita com grupos nacionais do setor, embora não tenha revelado seus nomes. Segundo ele, o JBIC (banco japonês de fomento) financiará a construção das usinas.

Com o objetivo de assegurar o fornecimento de longo prazo (em contratos de 15 anos), Petrobras e Mitsui terão uma subsidiária no Japão para a venda do álcool naquele país.

Foi por causa do receio do governo japonês de problemas no abastecimento que a Petrobras entrou no negócio. "O Japão quer fornecimento de longo prazo. Não existe a hipótese de ter álcool num ano e no outro, não ter", disse. O álcool será usado no Japão tanto para a adição à gasolina como para geração de energia elétrica em substituição ao gás natural.

Costa disse que a Petrobras prevê uma exportação de 3,5 milhões de litros de álcool ao ano a partir de 2010, que pode subir depois do interesse dos EUA em ampliarem seu mercado de etanol e adicionarem até 20% do biocombustível à gasolina em 2017.

Furlan

O ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) afirmou que os EUA não conseguirão alcançar tal meta sem "ajuda externa". Por isso, disse, o país negocia o estabelecimento de uma cota de exportação sem a atual tarifa de importação.

Hoje, o álcool brasileiro paga US$ 0,54 por litro para entrar nos EUA. Furlan disse que tal restrição tende a acabar, mas que até lá a solução seria o estabelecimento da cota.





Fonte: Folha de S.Paulo

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