Ministério Público quer fim do subteto
A estratégia foi definida em conjunto pela Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) e pelo Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais de Justiça, diante da decisão liminar do STF que estendeu aos juízes estaduais o teto válido para os federais. "Vamos buscar", anunciou o presidente da Conamp, José Carlos Cosenzo. "Vamos defender juntos o caráter nacional do Ministério Público na discussão sobre o teto."
Cosenzo sustentou que "não haverá aumento em massa para promotores e procuradores". Poderão receber a diferença procuradores-gerais, auxiliares diretos e corregedores, por exemplo. Segundo o presidente da Conamp, a diferença representará acréscimo de, no máximo,1,5% na folha do MPem todos os Estados. "O valor é irrisório."
Os promotores destacam que o procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, ingressou com ação direta de inconstitucionalidade (Adin) para derrubar a resolução do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que autorizava os R$ 24, 5 mil nos Estados. "Mas o procurador atacou apenas a competência do CNMP para baixar resolução dessa natureza", anotou Cosenzo.
Os promotores argumentam que têm os "mesmos direitos, prerrogativas e deveres" dos juízes. Conamp e Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais, presidido pelo procurador Pedro Sérgio Steil, entraram em contato com Aristides Junqueira, ex-procurador-geral da República, encaminhando todo o material necessário para "buscar em juízo a rigorosa simetria da carreira com a magistratura, posta pela Carta Magna".
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