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Nacional
Sábado - 03 de Março de 2007 às 07:41

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O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), subiu hoje à Tribuna do Senado para fazer críticas à decisão do PFL de ingressar no STF (Supremo Tribunal Federal) contra a MP (medida provisória) do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que trata da produção de equipamentos para a TV digital e de componentes eletrônicos semicondutores. Virgílio pediu que os pefelistas voltem atrás e retirem a Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra a MP.

O tucano chegou a afirmar que a decisão dos pefelistas foi um equívoco. "Ou estou completamente errado ou estaria equivocado o PFL. Nós teríamos que, portanto, sentar e afinar a posição. Nunca houve, nesta Casa, um momento sequer em que a divergência perdurasse por muito tempo, Portanto, muito confiante no auto-discernimento do PFL e de sua direção, é que renovo, de maneira bastante sentida, este apelo. Que se abra para o diálogo", defendeu Virgílio.

O senador saiu em defesa da MP com o argumento de que o seu Estado, Amazonas, seria o principal beneficiário com a tecnologia de recepção pela TV Digital prevista na MP.

"Temos aqui discutido tantas MPs tolas, como essa absurda, que transfere R$ 20 milhões para a Bolívia para fins de reforma agrária. Essa medida, sim, vai ser enfrentada pelo PSDB e, se Deus quiser, derrubada aqui neste plenário. Mas a outra medida provisória é talvez a mais relevante de todas as medidas provisórias do PAC", disse Virgílio.

As divergências do senador são mais um episódio na recente troca de farpas protagonizada por tucanos e pefelistas desde as eleições presidenciais do ano passado. Na campanha do então candidato Geraldo Alckmin (PSDB) à presidência, PSDB e PFL trocaram criticas públicas diante do baixo rendimento do tucano nas pesquisas. Os dois partidos também divergiram no apoio a Aldo Rebelo (PC do B-SP) para a presidência da Câmara.

Os tucanos lançaram o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) na disputa, enquanto os pefelistas mantiveram o apoio a Aldo. Na escolha de relatores do PAC na Câmara, as duas legendas também entraram em explícita divergência. Enquanto o PFL ficou com a relatoria da MP 347, que capitaliza a Caixa Econômica Federal para elevar empréstimos sociais do governo, o PSDB abriu mão de relatar matérias do PAC.

O senador Edson Lobão (PFL-MA), presente no plenário do Senado no momento das críticas, se comprometeu em levar o apelo de Virgílio aos dirigentes do PFL. Mas se mostrou favorável aos argumentos do tucano. "Estou convencido de que a tecnologia digital é realmente importante para o Estado do Amazonas, florescente", disse Lobão.





Fonte: Folha Online

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