Reforma política será votada daqui a 4 meses, diz Chinaglia
Segundo Chinaglia, a idéia, que será discutida com os líderes na próxima semana, é apresentar novamente o projeto que já foi aprovado pela comissão especial e pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com nova numeração, para permitir que a tramitação tenha início com abertura de prazos e apresentação de novas propostas. "Para algo que tramita aqui há mais de dez anos e nunca ninguém conseguiu aprovar, eu penso que três ou quatro meses é um tempo adequado", argumentou Chinaglia.
O presidente da Câmara disse que, com a nova discussão, os deputados de primeiro mandato poderão interferir no processo. "Não é justo que eles, inaugurando o mandato, querendo contribuir, tenham de votar aquilo que a Legislatura passada produziu", disse Chinaglia, completando que isso poderia ser entendido como cerceamento da Casa.
Na reunião dos líderes, deverá ficar definido se haverá uma nova comissão especial para discutir a reforma política ou se a proposta será analisada pelas comissões permanentes, informou Chinaglia.
O presidente da Câmara avaliou que a dificuldade em fazer a reforma política é que os parlamentares têm dificuldade em mudar as regras que os levaram a vencer as eleições. Segundo ele, as alterações geram inseguranças nos parlamentares que disputam o poder. "É público e notório que o Congresso tem dificuldade, aqui no Brasil e em qualquer parte do planeta, quando se trata de mudar regras que trouxeram a todos aqui para a representação popular. Todo mundo preza isso", disse.
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