Diretora de escola é julgada por seduzir aluno nos EUA
Sinha conversava com eles sobre amor, crianças e o futuro, disse Hochhauser. Os casos transcorreram como muitos outros romances, "mas com uma diferença muito importante", ela declarou aos jurados. "Os afetos de Lina Sinha eram dirigidos a crianças". A promotoria disse que o primeiro caso começou em 1995, quando o menino tinha 13 anos. E continuou depois que ele saiu da escola, ao completar a oitava série.
Durante a argumentação de abertura do julgamento de Sinha, na quinta-feira, promotores e advogados de defesa se concentraram no final do caso entre a acusada e sua primeira vítima, que aconteceu depois que ele cresceu, abandonou a faculdade e estava tentando carreira como boxeador, enquanto estudava para ser policial. No final de 2004 ou começo de 2005, o ex-aluno rompeu o relacionamento, provocando uma série de bizarras queixas de Sinha à polícia, o que resultou nas acusações de que ela teria feito sexo com menores idade.
Depois do desagradável rompimento, afirmou Hochhauser, Sinha começou a ligar para o número de emergência da polícia e a apresentar queixas contra o ex-amante junto ao conselho de comportamento, que investiga alegações de conduta indevida por parte de policiais. Ela o acusou de apontar uma arma contra sua cabeça e de ter estuprado outra mulher, entre outros crimes. Mas o líder da equipe de defesa, Gerald Shargel, disse que Sinha era "uma professora e diretora competente, altamente dedicada e compassiva", que ajudava o aluno em seus problemas escolares e só começou um relacionamento com ele quanto o menino já tinha 17 anos e estava na faculdade.
Shargel disse que o jovem havia morado com Sinha, e que suas roupas ficavam no apartamento da diretora, depois que ele deixou a faculdade e se matriculou na academia de polícia, segundo o advogado ele mantinha um uniforme extra no apartamento, do qual ele tinha a chave. Shargel não contestou que sua cliente tivesse apresentado as queixas, mas disse que o motivo era ciúme, porque o namorado havia começado a sair com outra mulher.
O namorado também se tornou violento, segundo o advogado. Quando seus superiores o interrogaram sobre as queixas, ele teria falsamente acusado Sinha de ter feito sexo com ele quando ainda era menor de idade. Depois, ele não pôde retirar a acusação, por medo de ser demitido da polícia já que teria mentido em uma investigação. O advogado disse que sua cliente tinha ficado "profundamente ferida, sofrendo a imensurável angústia de um amor fracassado".
Shargel disse que o segundo aluno, quando interrogado inicialmente pelos investigadores, negou qualquer relação sexual, mas mudou sua história depois que sua mãe contratou um advogado para processar Sinha e a escola. Além da escola de Manhattan, a família de Sinha dirige colégios que usam o método Montessori em Brooklyn e Queens. Sinha, que está de licença, era diretora e ocasionalmente professora na unidade de Manhattan.
Os promotores ofereceram o que descrevem como cronologia ano a ano do caso entre Sinha e o primeiro aluno. O relacionamento começou com visitas a um McDonald's, em 1995. Depois do primeiro beijo, quando ele tinha 13 anos, aos 14 ele começou a receber sexo oral de Sinha, e os dois começaram a fazer sexo, como presente de aniversário a ele, no dia em que o estudante completou 15 anos, segundo os promotores.
Quando o adolescente entrou na faculdade, aos 17 anos, começou a se distanciar de Sinha, e ela procurou consolo em um caso com um segundo aluno. O segundo caso começou com um abraço em uma viagem de esqui, disseram os promotores, e menos de um mês depois ela tirou a virgindade de um aluno de 12 anos. Sinha tinha 34, então. Em seu depoimento, o policial disse que quando o caso começou, sua altura mal chegava ao peito de Sinha.
Ele contou que foi seduzido em um momento de vulnerabilidade, quando estava zangado com a mãe por se divorciar de seu pai. Descreveu como levava o telefone ao banheiro de sua casa para conversar em segredo com a diretora. Depois, começaram a sair nas noites de sexta-feira, "como namorados", disse. Sinha o apanhava com a perua da escola, que ela a seguir estacionava em um trecho deserto da York Avenue.
"Lá nos beijávamos, e nos tocávamos", contou o policial. Chapin, a promotora, perguntou se ele se lembrava de Sinha lhe ter pedido para manter o relacionamento em segredo. "Sim", ele respondeu. "O teor da conversa era que eu não devia contar a ninguém ou ela poderia se encrencar".
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