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Nacional
Sexta - 02 de Março de 2007 às 03:09

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A operação de deslocamento do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar para o Espírito Santo e, na seqüência, para o Rio de Janeiro deverá custar à União R$ 31,8 mil. A estimativa é do diretor da Federação Nacional dos Policiais Federais, Édson Tessele. Segundo ele, o total das diárias pagas aos 10 agentes da PF que vão acompanhá-lo nos vôos, em dois dias, será de R$ 2, 4 mil.

Em dezembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) lhe concedeu o direito de assistir pessoalmente aos depoimentos de testemunhas. Os ministros do STF concluíram que a Constituição Federal garante o direito de o réu comparecer às audiências de processos em qualquer estado brasileiro.

Em razão da decisão, o traficante poderá fazer mais uma viagem em março. O juiz federal de Mato Grosso do Sul (MS), Odilon de Oliveira, vai marcar na próxima semana as datas das audiências, que devem acontecer em ainda este mês em Campo Grande. Para Campo Grande, o valor da ¿parte aérea¿ será de R$ 25, 4 mil

No Rio, ele responde a processo junto com seu advogado Paulo Roberto Pedrini Cuzzuol, que foi preso, em 2004, em companhia da mulher, Cecília Hering, com 320 mil dólares. O valor seria entregue na cidade paraguaia de Capitán Bado como pagamento pela compra de drogas, armas e munição.

No processo de Mato Grosso do Sul, Beira-Mar responde por lavagem de dinheiro devido a anotações encontradas em sua agenda, indicando depósitos em contas de moradores da cidade de Coronel Sapucaia (MS).

Beira-Mar deixou Catanduvas com outro preso, Rogério Silva, e acompanhado por oito carros da PF local. Ele também chegará ao Rio em avião da FAB, escoltado por pelo menos 10 policiais federais. Beira-Mar deve desembarcar numa pista de pouso no Centro. Lá, 20 homens da PF do estado vão assumir a custódia e a segurança do traficante e levá-lo até o local da audiência. Beira-Mar deverá dormir numa unidade militar no Centro, provavelmente o 1ª Distrito Naval, na Praça Mauá, perto do local dos depoimentos.

Trajetória Desde sua prisão, em 2001, na Colômbia, Beira-Mar mudou dez vezes de endereço. Antes de ir para Catanduvas, ele esteve sob a custódia da Superintendência da Polícia Federal em Brasília. O traficante mais perigoso do Rio tem sido considerado um preso indesejado nos estados por onde passou. Entre outros locais, Beira-Mar já esteve preso no Rio de Janeiro (na penitenciária de Bangu 1), além de Presidente Bernardes (São Paulo). Em outros três estados, ele esteve em carceragens da Polícia Federal: Maceió (Alagoas), Florianópolis (Santa Catarina) e Brasília.

No Rio, ele, que é ligado à facção Comando Vermelho, foi acusado de, em 11 de setembro de 2002, ter ordenado rebelião em Bangu 1 que terminou com a morte de inimigos do Terceiro Comando, entre eles o traficante Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê.

Seu objetivo seria unificar forças com os rivais, como o CV fez com a facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC); os que não aceitaram, foram mortos.




Fonte: O Dia On Line

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