Mega-Sena: parente de testemunha sofre atentado

O parente de uma testemunha do assassinato do milionário da Mega-Sena, Renné Senna, morto mês passado em Rio Bonito, sofreu atentado ontem de manhã em Jacarepaguá. A jovem de 21 anos foi ferida a canivetes por dois homens negros e altos e só não foi morta porque gritou e foi socorrida. Os criminosos ameaçaram matá-la para que ela dissesse onde estava seu parente.

A vítima sofreu arranhões nos braços e corte profundo no pescoço. Segundo ela, as ameaças, por telefone, começaram há um mês, quando os suspeitos da morte de Renné foram presos, entre eles Adriana Ferreira Almeida, viúva do milionário.

De acordo com a jovem, os bandidos estavam dentro de Monza preto sem placa perto de onde ela mora. "Saí para colocar o lixo na calçada e vi um carro todo pichado com cruzes vermelhas. De repente, o motorista do Monza saltou do carro e começou a me ameaçar. Depois, desceu o carona e me atacou com o canivete", contou.

Os criminosos diziam que matariam a moça se o parente dela não aparecesse. "Quando iam me colocar no carro, vi uma pessoa passando, gritei e eles fugiram", relatou ela, temendo novo ataque. "Quero que esse crime seja solucionado o mais rápido possível para que possamos viver em paz". A jovem registrou a agressão na 32ª DP (Jacarepaguá) e prestou depoimento ontem na Delegacia de Homicídios (DH).

O delegado-adjunto da DH, Ricardo Barbosa, suspeita que o atentado tenha sido cometido a mando de Anderson Souza e Ednei Gonçalves Pereira, ex-seguranças de Renné presos, apontados como responsáveis pela execução. "As ameaças começaram depois do depoimento da testemunha", disse o delegado.

Ontem, outro relato complicou a situação de Souza. Testemunha afirmou que ele seria matador de aluguel e teria executado mais de 30 pessoas. "Ele é violento e frio. Matava para roubar e também por prazer". Segundo o depoimento, o ex-segurança e a viúva sempre se encontravam. "Vi várias vezes ele com Adriana em bares", disse a testemunha.