Governistas iniciam ofensiva contra CPI do Apagão Aéreo
Segundo informação de líderes governistas, há no governo o temor de que muitos deputados assinaram o requerimento apenas como forma de pressionar o Palácio às vésperas de uma reforma ministerial. Assinaram o requerimento de criação da CPI 211 deputados - 40 a mais do que o número necessário (171) para que a comissão seja instalada.
No PT, interlocutores do Palácio do Planalto informam que o governo, estranhando o fato de ser de partidos governistas mais da metade dos deputados que endossaram o documento, está pressionando para que as assinaturas sejam retiradas ainda. Entre os nomes que o governo não esperava ver no pedido de criação da CPI, estão os do líder do PCdoB, Renildo Calheiros, do ex-líder do PDT Miro Teixeira, do atual líder do PTB, Jovair Arantes, além de deputados do PSB e do PV.
Na ofensiva pela retirada das assinaturas, o governo mobiliza ministros, líderes de partidos aliados e dirigentes do PT. A retirada de assinaturas não poderá ser feita individualmente. Em razão de um Ato da Mesa editado quando o deputado Aldo Rebelo (PCdoB) era presidente da Câmara, a retirada só pode ser feita em bloco - por, no mínimo, metade mais um dos 211 parlamentares que firmaram o documento.
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