Entre 124 países, Brasil é 59º turístico mais atraente
De acordo com a pesquisa, apesar de o Brasil se beneficiar "de excelentes recursos naturais e culturais", os pontos mencionados devem ser melhorados se quiser se tornar um destino mais atraente para os turistas. Em todas essas categorias, o Brasil ficou abaixo da 80ª posição. A segurança, bastante repercutida na imprensa nacional e internacional, ocupa o 90º lugar.
O estudo "Relatório de Competitividade de Viagens e Turismo 2007" do Fórum Econômico Mundial, no entanto, põe o País em boa colocação nas categorias "rede de transporte aéreo" e "infra-estrutura dedicada ao turismo", em que obteve o 28º lugar em ambos.
A indústria de viagem e turismo no ano passado, de acordo com estimativa do levantamento, representou 2,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do País e 2,7% dos empregos. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgados em janeiro deste ano, entretanto, afirmam que o setor responde por 2,23% do PIB nacional. O estudo do IBGE foi subsidiado por dados de 2003.
O Brasil aparece atrás de países como Costa Rica (41º), Chile (45º), México (49º), República Dominicana (50º) e Uruguai (56º). Se serve de consolo, aparece, contudo, na frente do país vizinho, a Argentina, que ficou com a 64ª colocação. Está também mais bem colocado que os emergentes Índia (65º) e China (71º).
Segundo Geoffrey Lipman, secretário-assistente geral da Organização Mundial do Turismo, o estudo mostra que, embora os países industrializados sejam dominantes no ranking de competitividade, "os países mais pobres apresentam um potencial imenso para tomar a liderança no turismo internacional".
Suíça, Áustria e Alemanha obtiveram as primeiras posições. A pesquisa, que reitera não ser um "concurso de beleza", apontou os países Islândia, Estados Unidos, Hong Kong, Canadá, Cingapura, Luxemburgo e Reino Unido como os outros sete destinos mais atraentes, entre os dez primeiros colocados.
Para o Fórum, estas nações que ficaram no topo do ranking mostram a importância de uma arquitetura regulatória e empresarial que gera apoio, em conjunto com uma infra-estrutura de classe para transportes e turismo. "Além de um foco no fomento de recursos humanos e naturais e apoio na criação de um ambiente atraente para o crescimento do setor de viagens", afirmou Jennifer Blanke, economista sênior da Rede de Competitividade Global do Fórum Econômico Mundial.
Comentários