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Nacional
Quinta - 01 de Março de 2007 às 01:31

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Nos próximos dias, o presidente da TAM, Marco Antonio Bologna, juntamente com Maurício e Maria Cláudia Amaro, filhos do fundador da companhia, Rolim Amaro, embarcam para Santiago do Chile para uma conversa com os donos da LAN, a família Cueto. Na pauta, está uma possível associação para comprar a Nova Varig.

Interessada em entrar no mercado brasileiro, a chilena LAN está limitada, pela legislação brasileira, a ter uma participação de 20% no capital votante. Uma eventual associação com a TAM - que teria 80% do capital com direito a voto - poderia viabilizar o negócio. O Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA) restringe o capital votante (ações ordinárias), mas não fala sobre o capital total. Pela legislação societária, se tiver 100% das ações preferenciais (sem direito a voto) e 20% das ordinárias, a LAN poderia ser dona de 76% do capital total, e a TAM do restante.

Para a TAM, a associação seria uma forma de barrar o avanço da Gol, que tem exibido taxas de crescimento bastante superiores no mercado doméstico.

A LAN deve decidir nos próximos dias se transforma um empréstimo de US$ 17,1 milhões feito à Nova Varig em participação acionária. Pelo acordo firmado com o fundo Matlin Patterson, dono de 20% do capital votante da Nova Varig, a LAN tem direito à chamada primeira recusa. Isso significa que a LAN tem preferência na compra da participação do Matlin. Só com a desistência da LAN o Matlin poderia oferecer a participação a outro investidor.

A ligação das famílias Cueto e Amaro vem de longa data, ainda que os contatos tenham se tornando menos freqüentes desde a morte do comandante Rolim, em 2001. A parceria das duas empresas culminou em uma negociação conjunta para a aquisição de jatos da Airbus.

No final do ano passado, o Matlin Patterson promoveu uma aproximação entre LAN e Gol, mas as negociações não avançaram. A Gol nega, mas fontes do setor garantem que a companhia está no páreo comprar a Nova Varig. A família Constantino estaria estruturando uma operação financeira que permitisse blindar a empresa de sucessões fiscais e trabalhistas. A aquisição se daria por meio de fundos da família, sem qualquer ligação com a Gol.

O vice-presidente de marketing da Gol, Tarcísio Gargioni, descartou essa possibilidade: “Não passa de fofoca”, disse. “Estamos focados no nosso modelo de negócios e temos muito espaço para crescer no Brasil e na América Latina.”





Fonte: AE

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