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Internacional
Quarta - 28 de Fevereiro de 2007 às 13:01

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Um currículo forjado e uma alegação questionável de deficiência apresentados por uma estrela política ascendente na extrema direita israelense desencadearam um novo escândalo em Israel. A deputada Esterina Tartman surgiu no cenário político como protegida de Avigdor Lieberman, um ministro de extrema direita famoso por defender que todos os árabes de Israel percam o direito à cidadania.

Esta semana, quando Lieberman indicou Tartman para o posto de ministra do Turismo como representante do partido ultraconservador Yisrael Beiteinu, ele citou sua "formação em economia". A própria Tartman, de 49 anos, mencionou suas supostas credenciais para argumentar que está apta para ocupar o cargo. "Eu tenho uma clara formação econômica. Sou bacharel em contabilidade e gerência financeira, mestre em administração empresarial", disse ela ao Knesset Channel no início desta semana.

Os problemas começaram algumas horas depois. As duas faculdades onde ela alega ter estudado - a Universidade Hebraica e a Universidade Bar-Ilan - asseguram que ela nunca foi aluna de seus cursos.

Deficiência

A aptidão de Tartman para o cargo também passou a ser discutida depois dos questionamentos em torno de uma alegação de deficiência que renderam a ela US$ 600 mil pagos por uma seguradora. Tartman teve direito ao prêmio por alegar que um acidente de trânsito permitia que ela trabalhasse apenas quatro horas por dia, informou a imprensa local. Tal limitação, observam as reportagens, a impediria de assumir um cargo tão importante e que exige dedicação em tempo integral como o de ministra.

Os escândalos levaram Tartman às primeiras páginas dos jornais israelenses e fizeram dela o principal assunto do dia nos programas de rádio. Seu currículo foi retirado dos sites de seu partido e do Parlamento para investigações mais detalhadas.

Hoje, a imprensa local publicou que Tartman alega ter ocupado a vice-presidência do Banco Yahav. A instituição financeira, onde são depositados os salários de funcionários públicos israelenses, informou que ela trabalhou no banco, mas em escalões inferiores. Em seu currículo, Tartman diz ainda ter saltado de pára-quedas mais do que qualquer outra mulher na história do Exército israelense. O comando militar preferiu não se pronunciar sobre o assunto.





Fonte: AE/AP

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