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Cidades/Geral
Quarta - 28 de Fevereiro de 2007 às 09:47

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A Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, Ciência e Cultura (OEI) divulgou o Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros. O livro, que faz uma radiografia da situação dos óbitos por causas violentas no Brasil, em especial os homicídios e os acidentes de trânsito, mostra que o número de homicídios cresce no interior do país enquanto diminuiu nas capitais e regiões metropolitanas.

Conforme o estudo, quase 72% do total de homicídios do Brasil estão concentrados em 10% dos municípios. Os especialistas atribuem o fenômeno aos novos pólos de crescimento econômico e à falta de ações de segurança do governo no interior.”São municípios onde o setor público atua pouco porque são longe e distantes. É terra de ninguém”, disse Julio Jacobo, pesquisador da OEI.

A cidade que, proporcionalmente, tem a maior taxa de assassinatos do país é Colniza, no Mato Grosso, onde há uma média de 165 mortes para cada 100 mil habitantes. Juruena, também em Mato Grosso, surge em segundo lugar, com uma taxa de quase 138 mortes. Em terceiro está Coronel Sapucaia, no Mato Grosso do Sul, com mais de 116 mortes para cada 100 mil habitantes. Todas têm índices bem maiores do que o da cidade de São Paulo, onde a taxa é de 48 mortes para cada 100 mil habitantes.

VIOLÊNCIA CONTRA OS JOVENS - Os problemas ficam ainda mais evidentes quando o foco da pesquisa é a violência contra os jovens. Cerca de 10% dos municípios brasileiros concentram quase 82% dos assassinatos de pessoas entre 15 e 24 anos. Foz do Iguaçu é a cidade com maior número de mortes juvenis: mais de 223 para cada 100 mil habitantes. Serra, no Espírito Santo, aparece em segundo lugar, com quase 223 mortes juvenis para cada 100 mil habitantes. Recife está em terceiro, com 208 mortes.

Os Estados com maior número de municípios violentos são Pernambuco, Rio de Janeiro e Rondônia. A publicação tem como base os dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde.

A Câmara dos Deputados deve votar hoje projetos de combate à criminalidade. A prioridade é o que acaba com a chamada prescrição retroativa. É o mecanismo do código penal que determina que a prescrição do crime seja contada antes mesmo dele ser julgado.





Fonte: Diário da Serra

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