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Internacional
Terça - 27 de Fevereiro de 2007 às 13:04

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O premiê italiano, Romano Prodi, comparecerá ao Senado às 17h (13h de Brasília) desta terça-feira e depois ao Congresso para pronunciar seu discurso no qual pedirá um voto de confiança para seu gabinete.

Prodi renunciou na quarta-feira (21), depois que seu governo perdeu uma votação no Senado que daria apoio à política externa do país, que inclui a manutenção da presença militar no Afeganistão. O governo foi derrotado por apenas dois votos. Apesar de não ter força de lei para derrubar o governo, a derrota sinalizou que Prodi não possui apoio para suas políticas na Casa, e o levou a renunciar.

No entanto, no sábado (24), o presidente italiano, Giorgio Napolitano, pediu que ele ficasse à frente do governo para ser submetido a um novo voto de confiança do Parlamento. Na tarde de hoje, Prodi deve fazer um discurso aos senadores. Caso perca o voto de confiança, seu governo terá de renunciar, o que deverá abrir uma crise política. Se for aprovado, o voto de confiança começará amanhã às 16h30 (de Brasília) no Senado. Na sexta-feira (2), será a vez de os deputados votarem.

Segundo a imprensa italiana, Prodi baseará seu discurso nos 12 pontos de pré-acordo, resultado do pacto feito com seus aliados após a renúncia. O texto serviu como condição do premiê para continuar no poder. Entre os 12 pontos está o compromisso da coalizão de centro-esquerda de apoiar a permanência das tropas italianas no Afeganistão, assim como a construção de um trem de alta velocidade entre Turim e Lyon.

Os dois temas sempre dividiram os membros da coligação que apóia Prodi.

Parece pouco provável a possibilidade de Prodi tratar de outro tema polêmico na coalizão, o projeto de lei para regulamentar a união entre pessoas do mesmo sexo e os direitos dos casais que convivem sem união formal. Prodi pode adquirir novos apoios, ou ao menos a abstenção, entre os centristas da UDC, que hoje integram a oposição. Para isso, teria que antecipar a reforma da lei eleitoral.





Fonte: Folha Online

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