Banco do Brasil lucra R$ 6 bilhões em 2006 e supera rivais
O resultado foi o melhor obtido entre os bancos brasileiros em 2006. Em seguida aparecem Bradesco (R$ 5,05 bilhões), Itaú (R$ 4,3 bilhões), Caixa Econômica Federal (R$ 2,39 bilhões), ABN-Amro (R$ 2 bilhões), Unibanco (R$ 1,75 bilhão) e Banespa (R$ 1,26 bilhão).
Bradesco, Itaú e Unibanco, entretanto, tiveram seus resultados reduzidos pela amortização de ágio proveniente da aquisição de outras instituições financeiras. Isso porque ao comprar um rival, esses bancos podem lançar como prejuízo em seus balanços o ágio pago e dessa forma reduzir o Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido a serem pagos para a Receita Federal.
O Banco do Brasil atribuiu o forte crescimento de seu lucro ao crescimento de 30,8% da carteira de crédito no ano passado, um resultado acima da média das instituições financeiras instaladas no país (20,8%). A carteira de crédito alcançou R$ 133,2 bilhões.
Mesmo com o crescimento da carteira, o banco informou que reduziu o índice de inadimplência em tendência oposta à observada no sistema financeiro em geral. Os pagamentos com atraso superior a 60 dias caíram de 4% para 2,9%.
O banco também informou que suas receitas com prestações de serviços cresceram 16,2% no ano passado, enquanto a alta das despesas administrativas foi de apenas 4,6%.
Os ativos totais somaram R$ 296,36 bilhões e o número de clientes cresceu para 24,4 bilhões, números que mantém a instituição com o status de maior banco do Brasil.
O retorno sobre o patrimônio líquido do BB --indicador mais usado para medir a rentabilidade de uma instituição financeira-- alcançou 32,1% e também superou a média brasileira.
O lucro do banco permitiu a distribuição de R$ 2,4 bilhões para os acionistas --R$ 1 bilhão em dividendos e R$ 1,4 bilhão na forma de juros sobre o capital próprio.
Apenas no quarto trimestre do ano passado, o BB teve um lucro de R$ 1,2 bilhão, uma alta de 69,4%.
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